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Índice de confiança do agronegócio registra queda em 2015

28/01/2016 14h45

SÃO PAULO - O Índice de Confiança do Agronegócio fechou o quarto trimestre de 2015 em 84,3 pontos, 9,2 pontos abaixo do registrado ao final de 2014, segundo dados divulgados hoje (28), pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o índice apresentou alta de 1,9 ponto, após três trimestres de quedas consecutivas.

A elevação dos números observada entre outubro e dezembro, se deve ao aumento dos índices de confiança do Produtor Agropecuário (88,4 pontos, crescimento de 2,5 pontos) e da Indústria Depois da Porteira (87,1, alta de 4,4 pontos), que reúne a maior parte das indústrias de alimentos. Ambos os grupos compensaram a diminuição no indicador da Indústria Antes da Porteira (67,8 pontos), constituída pelos fornecedores de insumos, como fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos agrícolas.

Segundo Antonio Carlos Costa, gerente do Departamento de Agronegócio da Fiesp, o atual momento econômico do Brasil fez o produtor agir com cautela. “Em um momento como o que estamos vivendo no País o produtor age como qualquer consumidor, ou seja, pisa no freio e reduz os investimentos, ainda que a avaliação sobre o próprio negócio esteja em patamares elevados”, disse.

O estudo da Fiesp e da OCB também avaliou o desempenho do produtor agrícola e do pecuário. Para o terceiro trimestre de 2015, os produtores agrícolas fecharam o período com o índice de confiança em 89,4 pontos, incremento de 2,6 pontos na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A valorização das cotações de algumas commodities do setor no período, como o açúcar e etanol, café, milho, entre outras foi uma das principais responsáveis por esse resultado.

Para o produtor pecuário, a confiança subiu 2,4 pontos, em relação ao trimestre anterior, chegando a 85,4 pontos. O indicador aumentou mais entre os pecuaristas de corte, chegando a 88,4 pontos, uma alta de 3,6 pontos, com destaque para a produtividade – no mesmo período, o índice entre os criadores de gado leiteiro permaneceu estável, em 80,1 pontos.