Mapa apresenta ao Camex proposta para exonerar importações de milho
SÃO PAULO - Na última quarta-feira (13) a ministra da agricultura Kátia Abreu formalizou a proposta de isenção do imposto de importação do milho, cuja alíquota é de 8%. O pedido foi encaminhado ao presidente do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Armando Monteiro, que afirma que a medida pode conter a alta dos preços das carnes de frango e de suínos, que têm o milho como principal insumo.
No proposta, Kátia Abreu ressalta que a disponibilidade interna do cereal se reduziu devido às exportações em ritmo acelerado desde outubro, impulsionadas pelo câmbio. Para ter validade, a proposta de desoneração terá de ser analisada pelo Conselho de Ministros da Camex. Caso seja aprovada, terá validade de ao menos seis meses.
Em comunicado divulgado pelo Mapa, a ministra acredita que os embarques do produto continuarão elevados. "Este ano começou com os preços em alta no mercado interno, puxados pelo ritmo forte das exportações no último trimestre de 2015. E o expressivo aumento dos embarques desde outubro passado tem diminuído as estimativas de estoque final, previsto atualmente em 10 milhões de toneladas. A expectativa é de que as vendas externas de milho continuem crescendo na temporada 2015/16".
A importação de milho proveniente de países membros do Mercosul já é isenta de impostos. Portanto, a medida estimulará a compra do grão produzido em outros países parceiros, como os Estados Unidos. Em 2015, o Brasil importou 272,8 toneladas do grão norte-americano, equivalente a US$ 207,5 mil.
Os principais parceiros brasileiros são os sul-americanos. No ano passado, o Brasil importou 367,3 mil toneladas (US$ 40,6 milhões) do Paraguai e 1,9 mil toneladas da Argentina (US$ 442,4 mil).
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