Sem mexer nos investimentos, casal paga dívida de US$ 46 mil enquanto viaja o mundo
SÃO PAULO – Viajar o mundo é o sonho de muitos, mas os altos custos de acomodação, passagem e, principalmente, as dívidas acumuladas antes mesmo da viagem se tornam empecilhos na hora de arrumar as malas.
Há mais de dez anos Frank Thomae sonhava em deixar o Canadá com sua esposa, Lissette, para viver mundo afora.
Em 2013, porém, tudo passou a conspirar contra a grande aventura do casal e o sonho foi quase arruinado: tiveram uma despesa alta e inesperada referente a tratamentos dentários, investiram em um negócio que deu prejuízo e as renovações de seu apartamento em Montreal saíram mais caras do que o estimado.
Foi nesse momento que Frank se viu sem dinheiro e com uma dívida de US$ 46 mil (aproximadamente R$ 163 mil) nas costas.
Thomae relata no "Business Insider", que a dívida não os impediu de realizar o grande desejo: eles tinham investimentos como um apartamento em Montreal e também, aplicações em poupanças para aposentadoria. Apesar de contarem com uma boa base de aplicações, o objetivo era quitar as dívidas sem mexer nos investimentos.
Além disso, ao deixarem Montreal, em julho de 2014, Lissette conseguiu manter seu emprego de Diretora de Marketing em estilo home-office, enquanto Frank passou a administrar o aluguel do apartamento (antes trabalhava como chefe do setor financeiro de uma exportadora canadense).
Somando todas as formas de receita, eles conseguiam US$ 125 mil anualmente, metade do valor que costumavam ganhar quando ambos estavam trabalhando. Desse modo, eles tiveram que reduzir os custos de vida para poderem sobreviver e também, quitar a dívida.
O primeiro destino escolhido pelo casal foi Praga por conta da acomodação barata. Eles conheciam uma professora de inglês que teve de sair três meses antes de acabar o contrato e conseguiram, portanto, alugar o apartamento por US$ 500 mensais.
O custo de vida, embora alto, também foi reduzido para praticamente a metade do de Montreal; o casal passou a viver com uma base de US$ 1.600 mensais, que possibilitou o pagamento de US$ 10 mil da dívida nesses três meses de permanência em Praga.
Em setembro de 2014, o casal trocou Praga pela Tailândia, onde ficaram por seis meses. No novo destino, o casal conseguiu manter um estilo de vida com US$ 1.500 de despesas mensais e quando deixaram o país em março de 2015, conseguiram reduzir a dívida para US$ 17 mil.
Frank e Lissette passaram o último ano viajando, usando cidades como Split (Croácia), Budapeste (Hungria), Brasov (România) e Cidade do Cabo (África do Sul) como base.
Atualmente eles estão em Veneza, morando na Itália por um mês. “Conseguimos pagar toda a dívida. Nós amamos nosso novo estilo de vida e consideramos que ‘vivemos em diferentes lugares’ do que simplesmente viajamos para diferentes destinos”, escrevem. “Podemos estar aproveitando um pouco mais, mas ainda estamos guardando dinheiro”.
“Um conselho? Quando você consegue se organizar financeiramente, tudo se torna mais fácil. Dez anos atrás eu não conseguia me imaginar viajando como estou agora, mas agora há diversos outros recursos que facilitam. Um deles é o Airbnb; praticamente todas as nossas acomodações foram por meio dele”.
O casal, que possui um perfil mais velho do que a maioria dos viajantes (Frank tem 49 anos e Lissette, 48), afirma que o segredo é viajar devagar, com tempo. Eles escolhem uma cidade e ficam por um período mínimo de um mês.
De segunda a quinta-feira eles possuem uma rotina das 7h às 15h, em que Lissette trabalha (home-office) e Frank publica em seu blog a respeito de suas viagens.
“O que nós mais gostamos desse novo estilo é quebrar a rotina, conhecer novas pessoas e conhecer o mundo. Depois de 20 anos trabalhando em cubículos das 9h às 17h, nós só queríamos algo diferente; E conseguimos”, concluem.
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