Motoristas do Uber podem passar a pedir gorjetas dos passageiros
SÃO PAULO – Uma das principais facilidades que levam as pessoas a optarem pelo Uber é o fato de não ter que pagar com dinheiro após a corrida, já que o valor é debitado direto no cartão de crédito.
Esse sistema, entretanto, pode estar gerando alguns problemas para a empresa por conta das gorjetas: nos Estados Unidos, o hábito de dar gorjetas para o motorista é comum e, com esse sistema de pagamento, os motoristas acabam não recebendo nenhuma quantia além do valor da corrida.
Até a semana passada, o Uber incentivava os motoristas a não pedirem gorjetas, exatamente pelo fato de o pagamento ser feito através de cartão de crédito. Mas, segundo o Market Watch, desde a última quinta-feira (21), a empresa concordou que os motoristas podem pedir – ou esperar – a gorjeta dos passageiros. Em comunicado oficial, a Uber afirma que os motoristas “valorizam sua independência” e por isso a empresa teve grande crescimento nos EUA, mas que o Uber nem sempre fez um bom trabalho com os motoristas.
Também pode acontecer de o motorista pedir um valor específico de gorjeta e o passageiro não ter aquele dinheiro no momento - ou não querer dar aquela quantia. E esse não é o único ponto negativo para o consumidor: tal como o passageiro dá uma nota para o motorista do Uber, o motorista faz o mesmo com o passageiro e, caso não receba a gorjeta esperada, pode passar a dar notas mais baixas para os clientes– o que dificulta que motoristas aceitem sua solicitação de corrida. Mas da mesma maneira que os passageiros podem ser prejudicados com notas baixas, os motoristas também podem.
Ainda que no Brasil o costume de dar gorjetas no transporte não seja tão difundido, a política aberta do Uber pode permitir que motoristas passem a fazer o requisito.
Concorrência
O grande concorrente do Uber no exterior, o Lyft, traz a opção de dar gorjeta diretamente no aplicativo, permitindo que essa também seja cobrada diretamente na fatura do cartão de crédito.
Uma pesquisa apresentada também pelo Market Watch, realizada pela Guinn, apontou que 30% das pessoas entrevistadas estariam mais dispostas a dar gorjetas se a opção existisse no aplicativo.
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