Oi quer contratar Joaquim Barbosa para fazer trabalhos para a companhia
SÃO PAULO - Por meio de seu diretor jurídico, Eurico Teles, a operadora de telefonia Oi está tentando contratar o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, para prestar alguns trabalhos para a companhia. As informações são do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, que explica que entre os trabalhos estariam pareceres e mediações, entre outros.
De acordo com a publicação, na semana passada, Barbosa se reuniu com Teles, e também com os executivos Nelson Tanure e Hélio Costa no Rio de Janeiro. Nada, porém, foi fechado, segundo o jornalista. Em outro texto, Jardim afirma que Naji Nahas desembarca no Brasil na próxima semana com um executivo de confiança do bilionário egípcio Naguib Sawiris, interessado na compra da Oi.
Durante o feriado, o banco de investimento americano Moelis & Company anunciou que está se associando à Sawiris, dono da empresa de telecomunicações Orascom, para apresentar uma plano alternativo de recuperação da Oi. O jornal O Estado de S. Paulo afirmou que o investidor estaria disposto a fazer um aporte de, no mínimo, R$ 3 bilhões, na companhia. O banco americano representa uma parte importante dos detentores de títulos da tele.
O valor que poderá ser aportado pelo Grupo Sawiris ainda não está fechado e pode chegar a R$ 7 bilhões, dizem fontes. Esse investimento será convertido em ações. O próximo passo é marcar uma reunião com a companhia para discutir o assunto. A operadora, a quarta maior do País, que está em sérias dificuldades financeiras nos últimos anos, tem queima de caixa de cerca de R$ 6 bilhões por ano.
Em comunicado ao mercado, o Moelis divulgou que foi assinado um termo de acordo de colaboração mútua entre o comitê diretivo e o Grupo Sawiris, no qual ambos firmam o compromisso de trabalhar para discutir e avaliar os termos de um plano alternativo de recuperação da Oi S.A. e suas subsidiárias e a operação pós-recuperação judicial da empresa. O comitê dos detentores de títulos (bondholders) da tele é formado por cerca de 70 instituições sediadas na Ásia, América Latina, Oriente Médio, EUA e Europa, que conjuntamente detêm mais de 40% do valor total em aberto dos títulos emitidos pela Oi.
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