Com lucro de R$ 2,6 bi, Ambev sobe quase 8% e lidera altas do Ibovespa
Nos primeiros negócios da manhã desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Ambev (SA:ABEV3) são negociadas com forte valorização de 8,30% a R$ 19,45, liderando os ganhos do Ibovespa.A fabricante brasileira de bebidas elevou em 8,5% o lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2018, apoiada principalmente na redução de despesas financeiras, disse a companhia em balanço divulgado na madrugada desta quinta-feira.
A subsidiária latino-americana da gigante Anheuser Busch InBev lucrou R$ 2,616 bilhões entre abril e junho, superando em mais de 14% a estimativa média de analistas consultados pela Refinitiv, de 2,286 bilhões de reais.
Em termos ajustados, o lucro líquido trimestral da Ambev subiu 16,1% ano a ano, para 2,712 bilhões de reais.
A receita líquida trimestral atingiu 12,145 bilhões de reais, alta de 5,5% na comparação anual, enquanto os volumes cresceram apenas 0,9% na mesma base, para 36,9 milhões de hectolitros. Como resultado, a receita por hectolitro subiu 4,6% em relação ao segundo trimestre de 2018.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 4,691 bilhões de reais no segundo trimestre, alta de 0,4% em relação ao mesmo intervalo de 2018. Analistas, em média, previam Ebitda de 4,489 bilhões de reais, conforme dados da Refinitiv.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) mantém a recomendação neutra para o ativo. Os analistas acreditam que tornar-se sustentável de forma mais positiva na ação depende se essa recuperação de volume incipiente permite à Ambev retomar seu poder de precificação outrora notável.
Para eles, até agora, o novo "jogo baseado em portfólio" do setor não conseguiu sustentar as margens e está testando a capacidade da Ambev de elevar a inovação e o gerenciamento da marca.
Na visão da Mirae Asset, foi um resultado acima da expectativa de mercado, com aumento de vendas de lucro. O resultado do Brasil e CAC compensaram os resultados mais fracos do Canadá e LAS. Devido ao baixo upside, a corretora ainda continua com recomendação neutra para a ABEV3 e espera melhores resultados, mesmo num ambiente mais competitivo, a partir do 4T19, quando é esperada uma recuperação da economia e ainda um pouco mais forte em 2020.
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