Oi discute emissão de R$ 2,5 bilhõs em dívida garantida, diz Valor
Enquanto busca investidores interessados na compra da totalidade, ou de parte dos ativos, a Oi também trabalha na frente de levantar recursos para conseguir manter a companhia em operação. De acordo com a edição desta sexta-feira do Valor Econômico, a tele busca levantar cerca R$ 2,5 bilhões por meio da emissão de dívida garantida.
Por volta das 11h05 desta sexta-feira, as ações da companhia eram negociadas com perdas de 0,94% a R$ 1,05 para as ON e de 1,26% a R$ 1,57 para as PN.
Segundo a publicação, os acionistas da Oi estão discutindo com duas instituições financeiras para definir a possibilidade da operação de captação, sendo que a estimativa que o prazo de vencimento das chamadas secured debt seja de três a cinco anos.
Uma das possibilidades para lastrear os papéis seria por meio de fundo de recebíveis com receitas provenientes do serviço de telefonia móvel da companhia. Outro caminho seria por meio de ações e ativos da operação móvel, o que incluiria também redes de fibra óptica do serviço.
O Valor informa ainda que a tele tem se esforçado para fechar a venda, ainda neste ano, de sua participação de 25% na operadora angolana Unitel, por um valor aproximado de R$ 1 bilhão. Uma das possíveis interessadas é a também angolana Sonangol, que é uma companhia petroleira e já teria obtido uma linha de crédito para financiar a operação.
A reportagem destaca que a emissão de R$ 2,5 bilhões deve ser mantida mesmo com a venda da Unitel. O intuito da operadora brasileira, procurando mitigar os efeitos do seu processo de recuperação judicial, é reforçar o caixa da companhia e garantir os recursos necessários para os investimentos planejados no plano estratégico divulgado em julho. Além disso, outra etapa importante da recuperação da companhia é a conclusão da mudança do comando da empresa.
Venda de ativos
Na tarde de ontem, a Reuters noticiou que a Oi está em negociações com a espanhola Telefónica e com a Telecom Italia para vender seu negócio de telefonia móvel, a fim de evitar uma liquidação, disseram cinco pessoas com conhecimento do assunto.
A Oi tem enfrentado dificuldades para se reerguer desde que entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2016 para reestruturar uma dívida de aproximadamente 65 bilhões de reais.
A maior operadora de telefonia fixa do Brasil espera levantar mais de 10 bilhões de reais com a venda do segmento móvel, de acordo com duas das fontes, que falaram na condição de anonimato porque as negociações são confidenciais.
Os recursos provenientes da venda do negócio seriam usados para fortalecer o serviço de banda larga conhecido como "fiber-to-the-home", considerado chave para o crescimento da companhia, conforme plano estratégico divulgado em julho.
A Oi também entrou em conversas preliminares com a norte-americana AT&T e outra empresa chinesa, visando atrair participantes que ainda não operam no maior mercado da América Latina, outras duas fontes disseram.
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