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Telebras diz que fechamento de capital depende de oferta de aquisição pela União

27/09/2019 13h15

A Telecomunicações Brasileiras (Telebras) informou ao mercado que seu Conselho de Administração decidiu consultar a União se há a intenção de fechar o capital da companhia.

A companhia informa que, em uma análise preliminar, foi verificado que eventual fechamento de capital deve ser precedido por uma oferta pública para adquirir a totalidade das ações em circulação no mercado, por preço justo. Se aprovada, a oferta terá de ser feita pela União, já que a companhia não possui recursos em caixa para a operação.

No final do mês passado, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), da Presidência da República, divulgou uma lista de estatais que poderiam ser alvo de privatização, disparando gatilho para uma forte valorização do ativo.

No auge das especulações sobre a possibilidade da venda da estatal, as ações passaram por forte valorização. Os papéis PN que eram negociados no patamar de R$ 22 antes da notícia, chegou a bater o recorde de R$ 89,00 no dia 27 de agosto. No caso das ON, que dão direito a voto, o salto foi ainda maior, chegou a bater o recorde de R$ 499,00 no mesmo dia.

Nesta sexta-feira, por volta das 11h05, as ordinárias TELB3 recuam 4,58% a R$ 125,00, com as preferenciais TELB4 somando 0,03% a R$ 36,71.

Também em agosto, o Valor Econômico destacou que a Telebras passou a ser classificada com uma empresa dependente do Tesouro. Com isso, ela passa a ser incluída no Orçamento da União de 2020, que ainda está em fase de elaboração.

O jornal informou ainda que a estatal está sob investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), por irregularidades no uso dos recursos provenientes dos aportes feitos pela União na empresa.

A Telebras, somente no ano passado, teve aporte de R$ 450 milhões do Tesouro, sendo R$ 329 milhões para o programa do satélite geoestacionário e R$ 121 milhões para o Programa Nacional de Banda Larga. Parte desses recursos teria sido usada para o pagamento de despesas correntes, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).