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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira

11/12/2019 09h35

O Fed provavelmente manterá as taxas de juros inalteradas e manterá sua orientação futura de neutralidade ao final de sua reunião de política monetária de dois dias nesta quarta-feira. A União Europeia deve apresentar planos para tornar a Europa neutra em termos de clima até 2050, com consequências de longo alcance para as indústrias poluidoras, tanto no continente quanto no exterior.

A Saudi Aramco (SE:2222) começa bem na bolsa de Riade com uma pequena ajuda de seus amigos locais, mas a Chevron (NYSE:CVX) está sofrendo bastante com seus ativos de petróleo e gás.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quarta-feira, 11 de dezembro.

1. Fed se mantém firme e Copom dovish

A reunião de política de dois dias do Federal Reserve termina hoje, com a declaração do Fed às 15h00 (horário de Brasília) e a conferência de imprensa do presidente do Fed Jerome Powell marcada para começar meia hora depois.

Nenhuma mudança nas taxas de juros é esperada, mantendo-se na faixa entre 1,5% e 1,75%. O foco do mercado estará, portanto, nas declarações de Powell, que provavelmente não mudou muito desde outubro, quando ele indicou que a política permanecerá em espera, impedindo qualquer desaceleração acentuada da economia. Nada disso estava em evidência no relatório do mercado de trabalho da semana passada, que mostrou a taxa de desemprego caindo para 3,5% e os ganhos médios de horas subindo.

É improvável que os dados de inflação ao consumidor de novembro, que devem ser divulgados às 10h30 da manhã, tenham qualquer impacto nas decisões do Fed, pelo menos hoje.

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No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve confirmar corte de 50 pontos-base sinalizado na última reunião em outubro. A nova taxa básica de juros irá para 4,5%, de 5% atualmente vigente. A aceleração inflacionária verificada em novembro e a recuperação da atividade econômica não devem influenciar na decisão do colegiado, mas influenciará avaliações futuras nas reuniões do ano que vem.

Assim como a alta recente do dólar, a qual ainda não se tem a dimensão do repasse aos preços internos. A redução da Selic deve diminuir ainda mais o diferencial de juros com a taxa dos EUA, o que diminui a entrada de dólares especulativos e, consequentemente, exerce uma pressão adicional de desvalorização da moeda brasileira.

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2. Histórias de duas grandes petrolíferas

As ações da Saudi Aramco (SE:2222) subiram 10% em seu lançamento no mercado, confirmando seu status de empresa mais valiosa do mundo, com uma avaliação de US$ 1,88 trilhão no momento em que foi listada na bolsa Tadawul em Riad.

Os noticiários indicam para compras agressivas no mercado secundário por indivíduos e fundos locais, com o objetivo de validar as aspirações do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman por uma avaliação de US$ 2 trilhões. A empresa retirou as listagens internacionais planejadas depois que investidores institucionais em todo o mundo ficaram insatisfeitos com as exigências do príncipe.

Para um indicador mais confiável das perspectivas de mercado para as empresas de petróleo e gás, os investidores podem ser melhor aconselhados a analisar a redução de US$ 10 bilhões em ativos da Chevron após o fechamento de terça-feira. A maior parte disso foi causada por seus ativos de gás de shale Marcellus e Utica, que foram atingidos por um excesso de produção na região. Também anotou o valor de seu projeto Kitimat LNG no Canadá e seu projeto de petróleo Big Foot no Golfo do México.

3. Ações abrem sem tendência definida num cenário comercial confuso

Os mercados de ações dos EUA devem abrir em direções indefinidas em um cenário de observações conflitantes sobre a probabilidade de mais tarifas de importação dos EUA entrarem em vigor no final de semana. Várias reportagens sugeriram que os EUA estão considerando adiar a mudança, o que evitaria o cenário mais negativo para o mercado no curto prazo, mas ainda deixaria a possibilidade pairando sobre os mercados no longo prazo.

No entanto, o assessor econômico da Casa Branca Lawrence Kudlow disse à Bloomberg na terça-feira que o aumento de tarifas "ainda está sendo avaliado".

Às 8h20 da manhã, os contratos futuros da Dow caíam 50 pontos, ou 0,2%, enquanto os futuros do S&P 500 caíam 0,1% e os futuros da Nasdaq 100 estavam em território verde. É provável que as negociações fiquem brandas até a declaração e a conferência de imprensa do Fed.

A fabricante de artigos para yoga, Lululemon Athletica, deverá apresentar seus lucros trimestrais, em um dia tranquilo para os relatórios corporativos.

4. Libra tropeça com pesquisas eleitorais mostrando um resultado mais acirrado

A libra se recuperou depois de cair quase um centavo em relação ao dólar, conforme uma pesquisa de opinião final sugeria que a liderança do Partido Conservador havia diminuído substancialmente nas últimas duas semanas da campanha.

A segunda pesquisa de regressão multinível da YouGov, que usa amostras mais amplas e análises mais profundas do que a maioria das outras pesquisas, sugeriu que os conservadores ainda estavam a caminho de ganhar a maioria nas eleições gerais de amanhã, embora a estimativa de cenário padrão de uma maioria de 28 cadeiras signifique que outra o parlamento pendente sem maioria geral está agora dentro da margem de erro.

A libra havia brevemente atingido US$ 1,32 pela primeira vez desde março, imediatamente antes da publicação da pesquisa. Caiu para US$ 1,3112 em resposta, antes de se recuperar para US$ 1,3152 às 08h09.

5. UE apresentará novo acordo verde

A União Europeia estabelecerá planos para tornar a Europa neutra em termos de clima até 2050, um objetivo que provavelmente será consolidado por lei durante o período de cinco anos da nova Comissão sob liderança de Ursula von der Leyen.

É provável que vários elementos do pacote pressionem as indústrias europeias - principalmente empresas de serviços públicos e empresas de transporte - a acelerar seus esforços para reduzir ou neutralizar as emissões de carbono, enquanto a Comissão também confirmará os planos de introduzir um "taxa de carbono na fronteira" que penaliza as importações produzidas sob padrões ambientais menos rígidos.

Como tal, as medidas carregam a semente de futuras disputas comerciais, dada a decisão dos EUA de se retirar do Acordo Climático de Paris e a contínua dependência da China no poder a carvão.