Conversas para venda da Braskem devem ser retomadas no fim de 2020, diz Estadão
Depois do fracassado processo de venda da Braskem (SA:BRKM5) neste ano, a retomada das negociações para a operação deve acontecer somente no segundo semestre de 2020. De acordo com a edição desta sexta-feira da Coluna do Broad, do Estadão, isso se deve ao fato dos compromissos da companhia para resolver os problemas de sua unidade em Alagoas.
A operação no estado causou uma crise com acusações de órgãos públicos, de que a petroquímica seria responsável por rachaduras em casas na área em que explora sal-gema, o que impede qualquer conversa.
A holandesa LyondellBasell, que tinha interesse na aquisição desistiu de comprar a Braskem (SA:BRKM5) em maio por conta de Alagoas. Para destravar a questão, a companhia espera que os estudos de avaliação sobre se de fato é responsável pelo afundamento de três bairros em Maceió sejam concluídos em março.
De acordo com a publicação, esses estudos vão servir para que a companhia possa confrontar os processos judiciais que superam a casa dos R$ 40 bilhões, além de ser uma base para estudos de cálculo de vários custos relacionados ao problema, com impacto potencial na geração de caixa da companhia por anos.
Como exemplo, a reportagem cita os custos das indenizações que a Braskem (SA:BRKM5) começou a fazer este mês a duas mil pessoas. Esse número, que pode crescer consideravelmente, já que o Ministério Público apontou 40 mil afetados.
A coluna destaca que esse impacto vai se dar também relação ao fechamento de 35 poços de exploração do sal-gema e, sobretudo, à mudança no fornecimento dessa matéria-prima para regiões mais remotas e eventualmente até sua importação.
As primeiras noções deste impacto serão divulgados no balanço do quarto trimestre. Por enquanto, a companhia deixou de acrescentar em sua geração de caixa mais de R$ 200 milhões por conta do fechamento de fábricas em Alagoas abastecida pelos poços fechados. Também anunciou a contratação de R$ 6,4 bilhões em seguro garantia que foram adicionados aos R$ 100 milhões bloqueados e disponibilizados pela companhia, caso seja considerada culpada nas ações judiciais.
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