Apesar de queixa com perda da CPMF, ministro diz que governo não prevê novos impostos
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, voltou a se queixar da perda da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas afirmou que o governo federal não prevê criação de impostos. O ministro destacou, durante o programa "Bom Dia, Ministro", que mesmo com a perda da CPMF, o governo procurou fazer adaptações no Orçamento para compensar os R$ 40 bilhões anuais a menos, mas não recorreu a novos tributos.
Paulo Bernardo reforçou o que disse durante o resultado das eleições da presidenta eleita Dilma Rousseff. “Ela mesma já disse que não vai mandar proposta para o Congresso Nacional e portanto se ninguém mais falar nesse assunto, acabou o assunto.”
A justificativa para a criação de uma nova contribuição como a CPMF voltou a ser discutida diante da necessidade de mais recursos para a saúde. Paulo Bernardo enfatizou, porém, que em 2007 já havia um acordo, inclusive com governadores e prefeitos, para aumentar em R$ 24 bilhões os repasses para o setor. Mas, disse ele, o governo foi derrotado no Congresso Nacional com a perda da contribuição.
O ministro disse que o cidadão deve entender que o princípio da despesa pública é o igual ao adotado pelas famílias em casa. Ou seja, para aumentar despesas, é preciso buscar uma forma de adquirir mais recursos. “Pede aumento salarial, para poder gastar mais. Pode fazer dívida, mas se for controlada e tiver condições de pagar. O governo tem o mesmo tipo de problema.”
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