Bônus ajudam pequenas empresas a manter bons profissionais
A qualidade dos serviços e produtos oferecidos por uma empresa e sua capacidade de inovar estão diretamente ligadas ao trabalho de profissionais qualificados. Quando esses talentos estão em micro e pequenas empresas é difícil que eles resistam aos assédios das grandes corporações. Manter uma equipe eficiente e motivada é um dos maiores desafios para os empreendedores.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Catho Online, 50,9% dos profissionais que optam pela mudança de empresa são motivados, principalmente, por salários maiores ou pela expectativa de crescimento no novo emprego.
Se não dá para competir com os salários e benefícios das grandes corporações, uma alternativa para os pequenos empreendedores é estabelecer uma premiação por metas atingidas pelos funcionários e participação nos lucros do negócio. Além de motivar o desempenho, o bom funcionário se sente reconhecido.
O diretor da Hays São Paulo, Rodrigo Vianna, alerta que aumentar a remuneração para reter um profissional pode gerar danos à empresa, por isso conceder incentivos aos funcionários é uma forma de valorizá-los sem comprometer o caixa. “O salário é um dos maiores encargos de um negócio. Aumentar este valor causa impacto em qualquer empresa.”
Outro fator que ajuda a reter bons funcionários é a proximidade da relação entre patrão e funcionário, própria das micro e pequenas empresas. O empreendedor pode aproveitar esta relação para criar um ambiente de trabalho mais agradável, o que pode influenciar na decisão do profissional em permanecer no cargo.
Para o consultor de RH da Career Center Fernando Dias, o ideal é abrir espaço para sugestões de mudanças na rotina de trabalho, investir na capacitação do profissional e valorizar o esforço individual e da equipe. “A motivação vem de como as pessoas percebem a empresa, se elas estão sendo valorizadas, ouvidas e recompensadas. Às vezes, um elogio basta”, afirma Dias.
Na conversa em que o profissional anuncia a proposta de outra empresa, os especialistas consultados pelo UOL recomendam que o empreendedor procure entender o real motivo da saída. “Se for um problema possível de corrigir, vale a pena insistir na permanência do funcionário. Mas algumas pessoas sonham em trabalhar em outros lugares. Nesse caso, é melhor não forçar a barra”, diz o diretor da Hays São Paulo.
Segundo o consultor da Career Center, é importante, nessa conversa, o empreendedor ter cuidado com suas promessas e não ficar sem cumpri-las futuramente. “Se o profissional permanecer na empresa e não vir as alterações prometidas serem cumpridas, ele terá perdido uma oportunidade de crescimento e a relação com o empreendedor se torna desgastante”, declara.
Impacto de perda de funcionário é maior para pequenas empresas
Quando um colaborador deixa uma empresa de menor porte, o impacto é mais sentido do que nas maiores, aponta Dias. O novo funcionário encara grandes responsabilidades em seu período de adaptação, quando está mais suscetível ao erro. “Um erro no processo de produção pode impactar no cliente ou no fornecedor. Com mais pessoas no quadro de profissionais a garantia de que a qualidade se mantenha a mesma é maior”, diz .
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