Empresa que exporta carvão de osso de boi prevê crescer no país com lei verde
A Bonechar utiliza uma matéria-prima incomum na fabricação de seus produtos: ossos de boi descartados em açougues. Com eles, o empreendedor Francisco Meira fabrica desde 1987 um produto que nenhuma outra empresa da América Latina faz: o carvão animal.
O produto é vendido para indústrias que fazem o clareamento do açúcar e tratamento de efluentes líquidos, retirando metais pesados da água. No entanto, as propriedades do carvão animal ainda são pouco divulgadas no Brasil.
Segundo Meira, a falta de informação sobre o carvão animal faz com que a solução não tenha demanda significativa no país. Aqui, o mercado é dominado por produtos químicos, que são mais baratos.
“Em países com legislação ambiental mais avançada, onde o uso de produtos químicos na indústria é controlado, o carvão animal é amplamente conhecido e utilizado. A Bonechar vive basicamente da exportação”, diz Meira.
Nova política de resíduos deve dar impulso ao negócio
Entretanto, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que as indústrias serão responsáveis pelo tratamento de seus resíduos -- inclusive efluentes líquidos -- até 2014, a Bonechar já se prepara para conquistar clientes no Brasil.
Para isso, a empresa está investindo na melhoria de processos com o objetivo de aumentar sua produtividade e firmou parcerias com universidades para desenvolver estudos e promover seu produto.
O conhecimento de Meira sobre o carvão animal veio da convivência da família dele com imigrantes poloneses que se instalaram no Paraná nos anos 60.
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