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Após polêmica, Brasil retoma exportações de suco de laranja aos EUA

Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Do UOL, em São Paulo

08/10/2012 11h50

O Brasil retomou as exportações de suco de laranja para os Estados Unidos na forma de suco concentrado (FCOJ, na sigla em inglês), disse a associação que reúne as indústrias brasileiras nesta segunda-feira, após produtores tomarem medidas para cumprir a proibição dos EUA contra o fungicida carbendazim.

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) começou a testar todo o suco de laranja importado em janeiro, após a Coca-Cola alertar ter descoberto o fungicida acima dos níveis permitidos em um carregamento do Brasil.

Exportadores brasileiros foram então forçados a embarcar suco apenas na forma não concentrada, para atender às exigências da FDA, mas seu produto concentrado agora atende aos padrões norte-americanos novamente, uma vez que o maior exportador de suco de laranja do mundo encerrou seu uso do químico.

"Conseguimos fazer isso um pouco mais cedo do que o imaginado", disse Christian Lohbauer, presidente-executivo da associação da indústria brasileira de suco, a CitrusBR.

Lohbauer disse que os plantios da indústria, que representam cerca de 40% da produção do Brasil, pararam de usar carbendazim e contratos de fornecimento com produtores independentes agora estabelecem que a fruta precisa ser produzida sem o uso o fungicida.

O químico foi banido nos Estados Unidos desde 2009, mas é permitido em até 200 partes por bilhão na União Europeia, principal consumidor do Brasil. Seu uso no Brasil tem sido feito para combater o fungo da pinta preta, uma entre diversas doenças que afetam os pomares.

Um total de 18.233 toneladas de suco concentrado foi enviado em julho e agosto, de um total de 31.062 toneladas exportadas do concentrado este ano. O resto desse volume veio de um único embarque que chegou aos Estados Unidos no começo do ano, antes dos testes serem intensificados, disse Lohbauer.

O FDA interrompeu os testes de todos os sucos importados em junho, após as taxas de violação caírem. Exportadores brasileiros estão agora fazendo seus próprios testes antes de embarcar o produto, segundo Lohbauer.

(Com informações da Reuters)