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Reajuste de combustíveis fica abaixo do esperado pelo mercado

Do UOL, em São Paulo

30/01/2013 08h35

O reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras (PETR4) na terça-feira (30) foi abaixo das expectativas do mercado, afirmaram analistas do Credit Suisse em relatório a clientes.

Segundo os analistas liderados por Emerson Leite, os aumentos de 6,6% no preço da gasolina e de 5,4% no diesel, nas refinarias, ficou abaixo das previsões do mercado, de reajustes entre 7% e 10%.

Em termos de performance de ações, os analistas afirmaram que não há uma direção clara após o reajuste. "Em qualquer caso, aumentos individuais de preço não mudam nossa avaliação mais cautelosa para as ações", afirmaram os analistas.

"E eles não alteram nossa visão porque não resolvem a questão da disparidade, ou seja, a política de preço continua fora dos preços de mercado, e implica que as importações continuarão a ser deficitárias e prejudiciais aos resultados da empresa."

Alta no preço dos combustíveis

A Petrobras anunciou alta do preço da gasolina de 6,6% na refinaria e do diesel em 5,4% a partir de quarta-feira, em um movimento amplamente esperado pelo mercado diante da defasagem dos valores dos combustíveis no país em relação às cotações internacionais.

O reajuste provavelmente não eliminará a defasagem, mas dará fôlego para a Petrobras desenvolver seu bilionário plano de investimentos.

"Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo", afirmou a estatal em comunicado nesta terça-feira.

A defasagem dos valores dos combustíveis foi um dos fatores que prejudicou os resultados da Petrobras em 2012 --entre abril e junho passado, a empresa teve o primeiro prejuízo trimestral em mais de 13 anos.

Ao longo de boa parte de 2012, a defasagem da gasolina da Petrobras vendida nas refinarias na comparação com o mercado norte-americano, uma referência internacional, esteve acima de 20%, com o governo --controlador da empresa-- temendo o impacto de um aumento do combustível na inflação.

(Com Reuters)