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Dono de salão deve saber quantas unhas e cabelos fazer para cobrir gasto

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

10/04/2013 06h00

Ter uma gestão profissional é a principal necessidade dos empreendedores donos de salões de cabeleireiros, segundo o Sebrae (Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas).

“É possível abrir um salão na garagem de casa, com pouco investimento, mas é preciso saber administrá-lo para não ter de fechar as portas pouco tempo depois", declara Elderci Garcia, gestora estadual do segmento de beleza do Sebrae-SP.

Para a consultora, é fundamental para o negócio conhecer o mercado, os potenciais clientes, saber que preços pode praticar e calcular quantos cabelos e unhas precisa fazer no mês para não ter prejuízo.

Segundo Garcia, o investimento inicial varia de acordo com o ponto comercial, com o tamanho do salão e com os equipamentos adquiridos. É necessário ter cadeiras específicas e lavatórios, que podem custar de R$ 200 a R$ 10 mil, toalhas –a quantidade varia de acordo com o tamanho do salão-, secadores, chapinhas e outros equipamentos, com preços que variam de R$ 20 a R$ 10 mil.
Quanto mais profissionais são os equipamentos, mais caros eles custam.

“Prefira aparelhos que consomem menos energia. Isso ajuda a reduzir o valor da conta de luz e diminui o custo de operação”, afirma a consultora.

Um indicativo é que o equipamento tenha o selo Procel, criado pelo Ministério de Minas e Energia. A certificação serve para orientar o consumidor, no ato da compra, sobre quais produtos apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria. Assim, proporciona economia na conta de energia elétrica.

Além disso, é importante estudar o melhor contrato de trabalho para os colaboradores. É possível ter sócios, funcionários registrados ou comissionados. “Neste mercado, é muito comum o pagamento de comissão. Quem pode indicar a melhor solução é o contador. Mas é importante que tudo esteja registrado em contrato para evitar problemas futuros”, diz Garcia.

Vender produtos como xampus, condicionadores e cosméticos pode ajudar a elevar o faturamento. Mas o empreendedor precisa ter uma boa gestão de estoque, saber controlar o que vende mais e o que não vende, além de emitir nota fiscal para o consumidor, para ficar dentro da lei.

Os dados mais recentes da Anabel (Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza) mostram que o número de salões de beleza no país passou de 309 mil, em 2005, para 550 mil, em 2010, um aumento de 78%. O número de profissionais também cresceu: passou de 1,2 milhão para 2,2 milhões no período.