Governo corta R$ 28 bi no Orçamento e diz que estimula economia
O governo cortou R$ 28 bilhões no Orçamento de 2013. O valor foi anunciado nesta quarta-feira (22) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. O montante é inferior ao valor cortado nos primeiros dois anos da gestão Dilma Rousseff: R$ 50 bilhões (em 2011) e R$ 55 bilhões (em 2012).
Segundo Mantega, o objetivo é estimular a economia e enfrentar a crise global. Ele diz que as medidas ajudam a gerar empregos, retomar o crescimento econômico e ampliar os investimentos.
Apesar dos cortes, o governo vai continuar gastando, para tentar incentivar a economia. A meta de superavit primário (dinheiro economizado para pagar a dívida pública) foi reduzida. O objetivo antes era economizar R$ 108,1 bilhões, mas agora passou para R$ 63,1 bilhões (um corte de R$ 45 bilhões).
No entanto, o corte da meta do superavit pode ser ainda maior, indo para R$ 42,9 bilhões (uma redução de R$ 65,2 bilhões em relação aos R$ 108,1 bilhões previstos anteriormente).
Superavit primário é o quanto de receita o governo federal, os Estados, os municípios e as empresas estatais conseguem economizar, após o pagamento de suas despesas, sem considerar os gastos com os juros da dívida.
No documento divulgado nesta quarta-feira, o governo também confimou que prevê que a economia cresça 3,5% neste ano e elevou a estimativa para a inflação medida pelo IPCA para 5,2%.
Entenda o superavit primário
Superavit primário é o quanto de receita os governos conseguem economizar. Esse dinheiro é usado para pagar os juros da dívida pública. Um exemplo desses juros é o lucro que os investidores ganham quando compram títulos do governo.
Obter o superavit primário é importante para conter o aumento da dívida pública e evitar a moratória (calote) no futuro.
A dívida pública é contraída, entre outras situações, quando o governo vende títulos para os aplicadores. Ele promete aos investidores pagar juros a mais no futuro, como acontece com qualquer outro investimento financeiro.
Se o governo não economizar, a dívida pode crescer muito e ele não tem como pagar. Isso caracterizaria o calote.
Fazer muito superavit primário não tem só esse lado bom de guardar dinheiro para pagar as dívidas. O governo realiza essa economia aumentando impostos e deixando de gastar, por exemplo, em investimentos em obras e serviços.
Isso prejudica o crescimento da economia: as empresas investem menos, contratam poucos trabalhadores ou chegam a demiti-los. Tudo isso enfraquece o desenvolvimento econômico.
(Com Agência Brasil e Reuters)
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