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Presidente do BC vai fazer o que for preciso para atacar inflação

Do UOL, em São Paulo

18/06/2013 15h55

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (18) que a autoridade monetária fará o que for necessário para controlar a inflação.

Falando na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tombini disse que o BC quer a inflação em declínio no segundo semestre, e que permaneça nessa tendência no próximo ano.

Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, subiu 0,37%, a menor taxa para um mês em quase um ano desde junho de 2012, quando tiveram início os reajustes mais intensos dos alimentos. Em abril, a inflação tinha ficado em 0,55%.

No acumulado dos últimos 12 meses, os preços ficaram no teto da meta do governo (6,50% até maio). O objetivo do governo é que a inflação fique em 4,5%, mas tem uma tolerância de mais ou menos 2 pontos percentuais. Em abril, o indicador havia ficado em 6,49%.

Inflação preocupa governo

A alta dos preços se tornou o principal tema econômico no Brasil nos últimos meses, chegando a afetar a popularidade da presidente Dilma Rousseff. O Banco Central elevou a taxa de juros para manter a inflação sob controle, mas a recente alta do dólar ameaça aumentar os preços de bens importados.

O dólar subiu para o maior nível em mais de quatro anos, acompanhando uma tendência global de valorização da moeda norte-americana. Embora analistas afirmem que ainda é cedo para ver um impacto significativo sobre a inflação, integrantes do BC já disseram várias vezes neste ano que uma moeda mais estável era crucial para o cenário de inflação.

A projeção mediana de economistas de instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC estima a inflação em 5,83% no final do ano.

(Com Reuters)