Greve de petroleiros afeta produção de petróleo no país, diz sindicato
A greve dos petroleiros iniciada à meia noite desta quinta-feira (17) atinge todas as refinarias, terminais, plataformas, campos de produção e unidades operacionais da empresa no país, avaliou a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne sindicatos.
Os trabalhadores pedem o cancelamento do leilão da área petrolífera de Libra, no pré-sal, marcado para segunda-feira, além de melhorias salariais. A greve segue por tempo indeterminado, disseram os sindicatos.
O campo de Libra é considerado a maior descoberta de petróleo já realizada no Brasil, uma área com volume de 8 bilhões a 12 bilhões de barris recuperáveis de óleo na bacia de Santos. O leilão será realizado na segunda-feira (21) , em regime que garante à União a gestão das reservas.
A Petrobras disse que por meio de nota que negocia com o sindicato uma solução para a greve. Porém, a empresa não quis se pronunciar sobre o tamanho da paralisação e o número de plataformas e refinarias afetadas.
"A operação está sendo mantida na maioria das regiões do país pelas equipes de contingência da Petrobras, formadas por gerentes, supervisores e outros profissionais que normalmente não executam as tarefas de rotina das refinarias, plataformas e terminais, o que coloca em risco a segurança das equipes e das próprias unidades", disse a FUP, em nota.
Na Bacia de Campos, a greve teve adesão de pelo menos 39 plataformas, que foram entregues pelos trabalhadores às equipes de contingência que a Petrobras embarcou, disse a entidade sindical.
O sindicato dos trabalhadores do norte fluminense, que reúne trabalhadores da importante Bacia de Campos, disse que 15 unidades foram entregues com a produção de petróleo parada, e outras 24 foram entregues produzindo.
Em Duque de Caxias, onde está a Reduc, importante refinaria do sistema da Petrobras, a adesão à greve é de 100%, disse a FUP.
"Estamos dando um recado que o povo brasileiro é contra o leilão de Libra", disse à Reuters o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes.
Em Brasília, pouco mais de 100 trabalhadores invadiram a sede do Ministério de Minas e Energia na manhã desta quinta-feira, informou a Polícia Militar do Distrito Federal.
De acordo com a PM, a manifestação até o momento é pacífica.
"Nós esperamos que a paralisação siga até o governo suspender o leilão", afirmou Moraes.
ANP garante leilão na segunda-feira
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) garante a realização do leilão, agendado para a tarde do dia 21.
"Não existe nenhuma possibilidade de não ter leilão, mesmo que os protestos se avolumem", afirmou a diretora-geral da autarquia, Magda Chambriard, em evento no Rio de Janeiro.
(Com Reuters e Valor)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.