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Greve de petroleiros afeta produção de petróleo no país, diz sindicato

Do UOL, em São Paulo

17/10/2013 11h51Atualizada em 17/10/2013 15h29

A greve dos petroleiros iniciada à meia noite desta quinta-feira (17) atinge todas as refinarias, terminais, plataformas, campos de produção e unidades operacionais da empresa no país, avaliou a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne sindicatos.

Os trabalhadores pedem o cancelamento do leilão da área petrolífera de Libra, no pré-sal, marcado para segunda-feira, além de melhorias salariais. A greve segue por tempo indeterminado, disseram os sindicatos.

O campo de Libra é considerado a maior descoberta de petróleo já realizada no Brasil, uma área com volume de 8 bilhões a 12 bilhões de barris recuperáveis de óleo na bacia de Santos. O leilão será realizado na segunda-feira (21) , em regime que garante à União a gestão das reservas.

A Petrobras disse que por meio de nota que negocia com o sindicato uma solução para a greve. Porém, a empresa não quis se pronunciar sobre o tamanho da paralisação e o número de plataformas e refinarias afetadas.

"A operação está sendo mantida na maioria das regiões do país pelas equipes de contingência da Petrobras, formadas por gerentes, supervisores e outros profissionais que normalmente não executam as tarefas de rotina das refinarias, plataformas e terminais, o que coloca em risco a segurança das equipes e das próprias unidades", disse a FUP, em nota.

Na Bacia de Campos, a greve teve adesão de pelo menos 39 plataformas, que foram entregues pelos trabalhadores às equipes de contingência que a Petrobras embarcou, disse a entidade sindical.

O sindicato dos trabalhadores do norte fluminense, que reúne trabalhadores da importante Bacia de Campos, disse que 15 unidades foram entregues com a produção de petróleo parada, e outras 24 foram entregues produzindo.

Em Duque de Caxias, onde está a Reduc, importante refinaria do sistema da Petrobras, a adesão à greve é de 100%, disse a FUP.
"Estamos dando um recado que o povo brasileiro é contra o leilão de Libra", disse à Reuters o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes.

Em Brasília, pouco mais de 100 trabalhadores invadiram a sede do Ministério de Minas e Energia na manhã desta quinta-feira, informou a Polícia Militar do Distrito Federal.

De acordo com a PM, a manifestação até o momento é pacífica.

"Nós esperamos que a paralisação siga até o governo suspender o leilão", afirmou Moraes.

ANP garante leilão na segunda-feira

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) garante a realização do leilão, agendado para a tarde do dia 21.

"Não existe nenhuma possibilidade de não ter leilão, mesmo que os protestos se avolumem", afirmou a diretora-geral da autarquia, Magda Chambriard, em evento no Rio de Janeiro.

(Com Reuters e Valor)