Agência de risco sobe nota do México, que fica dois graus acima do Brasil
A agência de classificação de risco Moody's elevou nesta quarta-feira a nota da dívida pública do México de "Baa1" para "A3", com perspectiva estável. O Brasil tem classificação "Baa2", dois graus abaixo da nova classificação mexicana.
A alta se deve à expectativa de que as reformas estruturais aprovadas no ano passado no México aumentem o potencial de crescimento e os fundamentos fiscais do país
A Moody's destacou que a aprovação da agenda de reformas do presidente Enrique Peña Nieto demonstrou "capacidade política", e que o país tem melhores perspectivas econômicas no médio prazo.
Além disso, as reformas fortaleceram as finanças públicas, com maior poupança governamental e a criação de reservas de emergência, disse a Moody's em comunicado.
O perfil de crédito do México "está agora alinhado com o de países de categoria 'A'", acrescentou a agência. Até agora, o Chile era o único país latino-americano a ter rating A.
Agências de risco falharam na crise
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.
Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
(Com Reuters)
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