Contas externas do país ficam negativas em US$ 8,3 bi em abril
O Brasil apresentou saldo negativo entre o que comprou de outros países e o que vendeu para o exterior em abril. De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (23), o deficit somou US$ 8,291 bilhões.
O resultado veio pior do que era esperado pelo próprio BC, que previa um rombo de US$ 7,8 bilhões. Analistas consultados pela agência Reuters esperavam saldo negativo em US$ 6,7 bilhões.
Essa diferença, que inclui tanto produtos quanto serviços, é chamada de conta de transações correntes.
O resultado foi impactado sobretudo pelas remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no país, que somaram US$ 3,291 bilhões em abril, em comparação com US$ 2,542 bilhões em igual mês do ano passado.
A balança comercial (que mede a diferença entre importações e exportações) também pesou, com o baixo superavit de US$ 506 milhões no ano passado, devido ao elevado nível de importações.
No acumulado do ano, o deficit em transações correntes está em US$ 33,476 bilhões, acima dos US$ 32,939 bilhões registrado em igual período de 2013.
Gastos em viagens chegam a US$ 2,3 bi
Os gastos de brasileiros em viagens internacionais chegaram a US$ 2,344 bilhões em abril, o maior resultado já registrado pelo Banco Central (BC).
Em igual mês do ano passado, essas despesas chegaram a US$ 2,096 bilhões. De janeiro a abril, os gastos também foram recorde ao somar US$ 8,218 bilhões, contra US$ 8,080 bilhões em igual período de 2013.
As receitas deixadas por estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 547 milhões, no mês passado, contra US$ 585 milhões em igual mês do ano passado. Nos quatro meses do ano, as receitas somaram US$ 2,318 bilhões, ante US$ 2,505 bilhões de janeiro a abril de 2013.
Com esses dados dos gastos e as receitas, a conta de viagens internacionais fechou negativa em US$ 1,797 bilhão, em abril, e em US$ 5,9 bilhões, no primeiro quadrimestre.
BC estima deficit de US$ 6 bi em maio
O Banco Central prevê que o deficit em conta corrente do país ficará em US$ 6 bilhões em maio e que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) chegará a US$ 5 bilhões no período.
Até o dia 21 deste mês, o IED estava em US$ 4,1 bilhões.
(Com Reuters e Agência Brasil)
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