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Eurogrupo aprova plano da Grécia, mas pede ampliação de reformas

Do UOL, em São Paulo

24/02/2015 12h05

O Eurogrupo aceitou nesta terça-feira (24) o plano de reformas inicial proposto pela Grécia, com a condição de que o país amplie a lista de medidas.

Os ministros das Finanças da zona do euro, chamados coletivamente de Eurogrupo, disseram num comunicado que concordaram em enviar as propostas da Grécia para aprovação dos Estados-membros, alguns dos quais necessitarão de votos nos respectivos Parlamentos.

A versão inicial já se comprometia a não voltar atrás em nenhuma privatização em andamento ou finalizada.

Além disso, o país garantiu que qualquer esforço para lidar com a "crise humanitária" não vai afetar o orçamento federal. A lista também inclui promessas de reformar a política tributária e de revisar e controlar os gastos em "todas as áreas" do governo.

O país se comprometeu, ainda, a consolidar os fundos de aposentadoria para economizar e a eliminar brechas e incentivos para aposentadorias antecipadas.

A medida é um esforço para tentar encontrar um meio termo entre o objetivo do governo de evitar qualquer novo corte na aposentadoria e a exigência feita anteriormente pela UE e pelo FMI por cortes na aposentadoria.

Atenas também disse que vai reformar os salários do setor público. O governo diz que não vai reduzir os salários, mas vai garantir que a folha de pagamento do funcionalismo público não suba.

A lista que foi apresentada é apenas uma proposta inicial; até o final de abril, a Grécia precisará entregar uma lista final, que seja aprovada por todos os credores internacionais. 

Entenda o caso

A Grécia foi um dos países mais afetados pela crise econômica que começou no final de 2008. O país pertence à zona do euro, e recorreu ao bloco para botar suas finanças em ordem.

Em 2010, foi acertado um plano de empréstimos concedidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Central Europeu e a União Europeia, trio que ficou conhecido como "troika".

Em troca, a Grécia deveria adotar as chamadas medidas de austeridade, como aumento de impostos e corte de gastos do governo. Tais medidas foram extremamente impopulares e a "troika" passou a ser odiada pelo povo grego.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, filiado a um partido de esquerda, foi eleito com a promessa de minimizar o programa de austeridade no país e focar sua política no bem-estar dos cidadãos.

O país precisava renovar o empréstimo com a "troika", ou poderia ficar sem dinheiro até o final de março.

Para estender o programa de resgate, no entanto, a Alemanha pressionou para que a Grécia continuasse aplicando reformas econômicas.

(Com Reuters e agências de notícias)