Polícia vai multar caminhoneiros em bloqueios em até R$ 10 mil por hora
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (26) que a Polícia Rodoviária vai começar a multar os caminhoneiros que bloqueiam estradas. O valor da penalidade vai de R$ 5 mil a R$ 10 mil por hora, segundo ele.
"A decisão do valor da multa não é do governo, é da Justiça. Estamos cumprindo ordens judiciais. Tenho o dever de cumprir a lei e a lei será cumprida", disse.
Os caminhões parados na pista serão identificados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e, com base nos dados obtidos pelos policiais, as multas serão emitidas.
Para ele, os efeitos econômicos da paralisação são impossíveis de estimar. A Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga, no entanto, avalia que o prejuízo causado pelo bloqueio pode chegar a R$ 20,8 milhões por dia.
Na avaliação de Cardozo, o movimento nos bloqueios de estradas já diminuiu de maneira substancial.
Segundo o ministro, ainda existem caminhoneiros em 97 pontos de sete Estados, a maioria deles no sul do país --aumento em relação ao boletim da noite anterior, que apontavam 81 interdições, indicando uma divisão no movimento.
Reivindicações
Os caminhoneiros estão paralisando rodovias em vários Estados do país há nove dias, reivindicando menores custos com diesel e impostos.
Além disso, os caminhoneiros querem uma melhor relação com o governo, com a criação de uma agenda permanente de diálogo.
A categoria também quer a definição de um valor mínimo de frete para cada modalidade de trabalho autônomo, com tabelas diferenciadas.
A implantação de pontos de parada com estrutura de saúde, conforto, pouso, alimentação, segurança e higiene também é reivindicada.
Propostas do governo
O ministro disse que houve dificuldade em identificar as lideranças do movimento. Aqueles que se apresentaram como líderes, de acordo com ele, saíram satisfeitos das negociações.
“Não é simples identificar lideranças. Conversamos com todos que se dispuseram a dialogar. Representantes de trabalhadores e de empresas compareceram”, acrescentou.
O governo anunciou uma série de propostas na quarta-feira numa tentativa de pôr fim aos protestos, como a estabilidade dos preços do diesel por seis meses, sanção sem vetos da lei que reduz custos do setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões.
A proposta, no entanto, dividiu os caminhoneiros, e grande parte deles continua paralisada, a maioria no Rio Grande do Sul.
(Com Agência Brasil e Reuters)
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