Petrobras calcula em R$ 6,2 bi as perdas com corrupção; entenda a conta
A Petrobras informou, nesta quarta-feira (22), que perdeu R$ 6,194 bilhões com pagamentos indevidos denunciados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Em nota, a estatal afirma que “não consegue identificar os valores específicos de cada pagamento realizado ou os períodos em que tais pagamentos adicionais ocorreram” e, portanto, desenvolveu uma metodologia para estimar o valor total desviado.
Essa metodologia foi definida com base nas informações obtidas pela investigação da Lava Jato, segundo a empresa.
A estatal considerou a informação de que os desvios aconteceram entre 2004 e abril de 2012. Foram listados todos os contratos e aditivos assinados nesse período com as empresas e grupos citados na investigação da Polícia Federal. Após somar todos esses contratos e chegar a um valor final, a estatal calculou um percentual de 3% para estimar o valor que foi superfaturado.
Nenhum valor desviado foi recuperado ainda, segundo a Petrobras, mas a empresa diz que está “tomando as medidas jurídicas necessárias perante as autoridades brasileiras para buscar ressarcimento pelos prejuízos sofridos, incluindo aqueles relacionados à sua reputação”.
A empresa afirmou, ainda, que não acredita que novas informações obtidas pela Lava Jato tenham impacto “relevante” sobre essa metodologia.
“A Petrobras considerou cuidadosamente todas as informações disponíveis e não acredita que novas informações oriundas das investigações poderão impactar ou mudar de forma relevante a metodologia adotada”, afirma. A companhia afirma, ainda, que “monitorará continuamente as investigações para obter informações adicionais e avaliará seu potencial impacto sobre os ajustes realizados”.
A Petrobras é o principal alvo de denúncias de corrupção na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Mais cedo, a Justiça Federal do Paraná condenou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e outras seis pessoas por crimes como lavagem de dinheiro e por pertencerem a organização criminosa, dentro do processo sobre desvios de recursos na estatal.
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