Venda cai, e passagens têm desconto de até 75%: EUA ida e volta por R$ 500
(ATENÇÃO: OS DADOS ABAIXO SÃO DE MAIO DE 2015. LEIA INFORMAÇÕES DE JANEIRO DE 2016 AQUI)
A recente alta do dólar é um problema para quem vai viajar ao exterior. Mas há pelo menos um efeito positivo: as promoções de passagens aéreas, tanto de companhias nacionais quanto de estrangeiras, se tornaram mais frequentes nos últimos meses, sobretudo para os Estados Unidos.
Quem vai viajar de São Paulo para Orlando neste ano, por exemplo, teve a oportunidade de comprar as passagens de ida e volta por menos de R$ 500. Segundo o presidente do aplicativo e site de busca de passagens Voopter, Petterson Paiva, o trecho custava R$ 2.000, em média, no ano passado.
O aplicativo chegou a registrar o preço de cerca de R$ 600 para passagens de São Paulo a Nova York (ida e volta). Antes, custavam, em média, R$ 2.400.
Na segunda-feira (25), havia passagens para viajar para Orlando entre 11 e 18 de setembro, pela Azul, por R$ 747 (ida e volta).
Nenhum dos preços mencionados inclui taxas.
Procura caiu e oferta aumentou
Segundo Paiva, o dólar alto fez com que a procura por passagens para os Estados Unidos caísse. "Nossas ferramentas identificaram queda de mais de 30% na procura pelo país", diz.
A queda nas vendas aconteceu após o aumento na oferta de assentos, de acordo com o fundador do site de busca de promoções de passagens Melhores Destinos, Leonardo Marques. "Nos últimos quatro anos, as companhias aéreas pediram mais voos para os EUA, porque mais brasileiros estavam indo para lá".
Agora, com mais voos principalmente para Miami, Orlando e Nova York, as companhias preferem fazer promoções de passagens a viajar com o avião vazio, segundo Paiva e Marques.
Os preços baixos já começam a atrair o consumidor, segundo o presidente da Abav-SP (Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo), Francisco Leme.
Ele diz que o dólar alto impactou o mercado, mas já deixou de assustar porque o desconto na passagem aérea está compensando.
"Quando um cliente chega à agência de viagem querendo ir para Fortaleza, por exemplo, e você mostra que está mais barato ir para Miami, ele muda de ideia", diz.
Companhias planejam manter voos
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informa que as companhias podem deixar de operar rotas por motivos comerciais. Basta informar o órgão com antecedência e garantir que todos os clientes que já tenham comprado passagem sejam atendidos.
As três companhias brasileiras que voam para os Estados Unidos, Gol, TAM e Azul, informam que não planejam deixar de fazer a rota.
"Neste momento, não pretendemos diminuir nossa capacidade operacional como um todo", diz o vice-presidente de planejamento da Gol, Celso Ferrer. Ele confirma, porém, a queda no preço das passagens. "Os preços em dólares caíram cerca de 30% para manter o preço em real atrativo."
A TAM disse que está acompanhando de perto a evolução da demanda e "planejando a malha aérea com flexibilidade" para se adequar à variação do dólar.
A Azul informou que não pretende abandonar rotas para o EUA e vai aumentar o número de voos para lá. Desde dezembro do ano passado, a empresa faz rotas entre Campinas (SP) e Orlando. Neste ano, a companhia diz que haverá novos voos, saindo de Guarulhos (SP) e Belo Horizonte (MG).
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