Pior sensação de crise econômica entre os Brics é no Brasil, diz pesquisa
Entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a pior percepção da crise é no Brasil. A maioria da população do país (87%) tem a sensação de que a economia está "ruim". Apenas 13% consideram a situação "boa".
A China tem a melhor situação entre o Brics: só 8% dos chineses consideram a situação ruim, enquanto 90% acham boa (os 2% restantes consideram meio termo).
Considerando 21 países emergentes, o sentimento no Brasil é o terceiro pior. Só ganhamos de Líbano (89% de ruim) e Ucrânia (94%).
Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center em 40 países (link encurtado para o estudo: http://zip.net/bgrF9s). O pessimismo é generalizado, e poucos países têm sensação positiva sobre a economia. O Pew é uma fundação de pesquisas sem fins lucrativos.
Porcentagem de emergentes que acham a economia "ruim":
- China - 8%
- Vietnã - 11
- Índia - 24%
- Filipinas - 37%
- África do Sul - 38%
- Nigéria - 42%
- Peru - 44%
- Paquistão - 51%
- Turquia - 52%
- Malásia - 53%
- Chile - 55%
- Indonésia - 56%
- Polônia - 59%
- Argentina - 60%
- México - 66%
- Jordânia - 73%
- Rússia - 73%
- Venezuela - 83%
- Brasil - 87%
- Líbano - 89%
- Ucrânia - 94%
Em regiões desenvolvidas, como União Europeia, Estados Unidos e Japão, 40% consideram a situação boa, enquanto 56% acham ruim. Em nações emergentes, como Brasil, China, Rússia e Argentina, a média é de 45% de ruim e 55% de bom.
Na Argentina, a percepção negativa é bem menor que no Brasil: 60% consideram a economia ruim e 40%, boa.
Apesar do pessimismo sobre a situação atual, a pesquisa aponta otimismo dos brasileiros para os próximos 12 meses: 66% acreditam que tudo vai melhorar daqui a um ano, 13% consideram que ficará a mesma coisa e 21% pensam que vai piorar.
Na média dos países emergentes, 40% acreditam numa situação melhor em 12 meses. Nos países ricos, o pessimismo se estende ao futuro: só 25% acham que vai melhorar em 12 meses.
A pesquisa no Brasil feita com mil pessoas, entre 7 de abril e 4 de maio deste ano. A margem de erro é de 4 pontos percentuais.
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