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Agência corta nota de 17 bancos e tira selo de bom pagador da Petrobras

Do UOL, em São Paulo

17/12/2015 19h29Atualizada em 18/12/2015 10h54

A agência de classificação de risco Fitch cortou nesta quinta-feira (17) a nota de 17 instituições financeiras brasileiras e tirou o selo de bom pagador da Petrobras, um dia depois de ter rebaixado o Brasil

A nota da Petrobras caiu de "BBB-" para "BB+" e, com isso, a estatal deixa de ter o chamado grau de investimento ---indicador de que o país ou empresa é considerado um bom pagador, um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro. Além disso, a perspectiva é negativa,  ou seja, o próximo movimento deve ser novamente de corte da nota.

A Fitch também cortou as notas de bancos, incluindo Itaú Unibanco (ITUB4), Santander Brasil (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3), Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal e Bradesco (BBDC4).

Ontem, a agência havia tirado o selo de bom pagador do Brasil, seguindo o movimento adotado por outra agência, a Standard & Poor's, em setembro. Agora, o Brasil só é considerado um bom pagador pela agência Moody's. Na semana passada, no entanto, a agência alertou que pode rebaixar o Brasil em breve.

 

Entenda como as agência fazem o cálculo da nota

O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa ou um país.

Ele busca medir a probabilidade de calote de obrigações financeiras. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o rating se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.

Agências de risco falharam na crise

As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.

Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.

O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.

Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

(Com Reuters)