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Governo não tem nada a ver com subir ou baixar preço da gasolina, diz Dilma

Do UOL, em São Paulo

05/04/2016 11h21Atualizada em 06/04/2016 17h44

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (5) que “o governo não tem nada a ver com subir ou baixar o preço da gasolina" e que cabe à Petrobras avaliar se é o caso de reduzir os preços dos combustíveis no país. 

Em entrevista a jornalistas após inspecionar um avião KC-390 da Embraer, na Base Aérea de Brasília, a presidente afirmou que há discrepância entre o preço dos combustíveis praticado no Brasil e o preço praticado no exterior. 

"O que eu acho interessante é o seguinte: toda vez que é para subir, o governo não deixa; toda vez que é para descer, o governo não quer. Fica difícil, muito difícil", disse ela.

Segundo a presidente, a decisão sobre alterar ou não os preços dos combustíveis cabe à Petrobras. "Se a Petrobras houver por bem fazê-lo [alterar os preços], é o caso de ela fazer; se ela houver por bem não fazer, é o caso de ela não fazer. Agora, que existe a discrepância, existe; mas nós sabemos isso desde o ano passado”, afirmou. 

Decisão sobre preços

Na noite de segunda-feira, a Petrobras divulgou comunicado informando que não pretende reduzir os preços dos combustíveis no momento, mas que está avaliando as condições do mercado continuamente, depois que notícias sugerindo um iminente corte derrubaram as ações da estatal durante o dia.

"Isso é uma questão que vai dizer respeito à empresa, se ela estiver perdendo participação de mercado vai tomar uma atitude, se não estiver vai tomar outra", disse a presidente.

Para o governo, um corte nos preços dos combustíveis seria bom pelo impacto positivo sobre a inflação. Mas para a Petrobras, que sofre com o escândalo de corrupção e com uma dívida bilionária, a redução do preço internacional dos combustíveis tem ajudado a garantir importantes ganhos no mercado interno.

Ontem, as ações da Petrobras (PETR4) despencaram mais de 9% e puxaram para baixo o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira.

(Com Reuters)

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