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Mercado corta projeção de inflação pela 7ª semana e vê recuo maior do PIB

Do UOL, em São Paulo

25/04/2016 08h29Atualizada em 25/04/2016 10h50

Economistas consultados pelo Banco Central pioraram as previsões para o PIB (Produto Interno Bruto) no final de 2016. Para a inflação, as projeções caíram pela sétima semana seguida. O mercado também vê queda da taxa básica de juros. 

Veja as estimativas para 2016 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo BC:

  • PIB (Produto Interno Bruto): piorou de -3,8 para -3,88%
  • Inflação: caiu de 7,08% na semana passada para 6,98% agora;
  • Dólar: foi mantida em R$ 3,80;
  • Taxa básica de juros (Selic): caiu de 13,38% para 13,25% agora. 

Se a economia encolher 3,88% em 2016, como previsto, a recessão deste ano será pior que a registrada no ano passado (-3,8%). Também será o pior resultado em 26 anos, desde 1990 (-4,3%). 

As projeções foram feitas depois que a Câmara dos Deputados aprovou a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Senado agora decide se aceita ou não o afastamento da presidente.

Para a inflação, apesar da previsão menor dos economistas, a estimativa ainda fica acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%). 

Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 6,38% para 6,2%. Em relação a 2017, os economistas também reduziram a previsão para a inflação, de de 5,93% para 5,8%.

Entenda o que é o boletim Focus

Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.

(Com Reuters)