FMI: Crescimento da China e do Japão vai desacelerar nos próximos 2 anos
As economias da China e do Japão devem desacelerar nos próximos dois anos, mas o crescimento da Ásia vai continuar forte, informou nesta terça-feira (3) o FMI (Fundo Monetário Internacional). A procura doméstica deve compensar o fraco comércio global.
A economia da China, a segunda maior do mundo, deve crescer 6,5% este ano e 6,2% em 2017. Já o Japão deve crescer 0,5% em 2016 e registrar encolhimento de 0,1% no ano que vem.
O FMI havia estimado que o crescimento da Ásia fosse de 5,3% este ano e no próximo, menos que a estimativa anterior de 5,4%.
Medidas de estímulo governamentais, a queda do preço das matérias-primas e o desemprego reduzido vão ajudar a expansão regional, acrescentou FMI, incentivando os líderes nacionais a avançarem com reformas.
O órgão alertou, no entanto, para vários desafios externos, como o enfraquecimento das economias desenvolvidas e do comércio global e o aumento da instabilidade dos mercados financeiros globais.
Mercados instáveis
Desde a última análise sobre a região, em outubro, os mercados globais revelaram-se mais instáveis e a preocupação com a economia chinesa e a queda dos preços do petróleo tiveram impacto nas ações, que desvalorizaram em bilhões de dólares em janeiro e fevereiro. Apesar de uma ligeira recuperação desde março, os investidores continuam reticentes.
"A Ásia continua a ser a parte mais dinâmica da economia global, mas enfrenta severas adversidades devido à lenta recuperação global, ao fraco comércio global e ao impacto em curto prazo da transição de crescimento da China", disse o FMI.
Ainda segundo o fundo, para fortalecer a resistência aos riscos globais e continuar a ser uma fonte de dinamismo, os dirigentes da região devem avançar com reformas estruturais para aumentar a produtividade e criar espaço fiscal, ao mesmo tempo em que apoiam a procura no mercado interno.
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