Prejuízos da Operação Carne Fraca podem ser "estratosféricos", diz Maggi
As suspeitas em torno da qualidade da carne brasileira, geradas pela operação Carne Fraca da Polícia Federal, arranharam a imagem do Brasil no exterior e podem resultar em um prejuízo de valores "estratosféricos", afirmou nesta quarta-feira (22) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.
Em audiência conjunta das comissões de Agricultura e de Assuntos Econômicos do Senado, Maggi disse que os importadores de carne brasileira que mais preocupam o governo brasileiro são China e Hong Kong, que ainda não se posicionaram claramente sobre embargos.
"Estamos falando de números estratosféricos, não sabemos o tamanho da pancada que vem por aí", disse o ministro.
Para exemplificar, Maggi citou números da média diária de embarque de carnes, de cerca de US$ 63 milhões.
"No dia de ontem tivemos US$ 74 mil", afirmou o ministro.
Maggi disse ainda que o Brasil tem conversado com diversos países compradores e admitiu preocupação especial com relação à China e à Hong Kong. Segundo ele, o mercado está em "compasso de espera" pelas reações desses dois importantes compradores.
"Sobre China e Hong Kong, estou muito preocupado. Não quero dar nenhum sinal positivo, porque não tem. China e Hong Kong são os nossos maiores mercados e estamos permanentemente em conversas com eles para resolver essa situação", disse Maggi. O ministro também afirmou que ele e sua equipe estão prontos para visitar os dois países, caso seja necessário.
Para ele, o "melhor dos mundos" é o problema ficar restrito aos 21 frigoríficos abarcados pela investigação da Polícia Federal e não ser tratado de forma generalizada.
"Os países com quem nós conversamos já esta acertado, nós não teremos problemas além desses 21 estabelecimentos”, afirmou.
"Agora, a imagem do Brasil ficou arranhada", admitiu. "É um sentimento que tem na população brasileira e fora daqui, então, os prejuízos que vamos ter vão ser muito grandes", disse, acrescentando que o país terá uma oscilação de mercado de aproximadamente 10%.
* Com informações da Reuters
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.