Após crise com Temer, mercado vê inflação menor e mantém previsão para PIB
Economistas consultados pelo Banco Central na semana passada reduziram a previsão para a inflação neste ano para 3,92%. As estimativas foram colhidas na sexta-feira, após vir a público a notícia de que os donos da JBS fizeram um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e gravaram uma conversa com o presidente Michel Temer.
A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto), que havia subido nas últimas quatro semanas, foi mantida.
Os analistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, em 8,5% ao ano. Na última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu cortar os juros em 1 ponto percentual, a 11,25% ao ano.
Veja as projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo BC:
- PIB: foi mantido em 0,5%;
- Inflação: caiu de 3,93% para 3,92%;
- Taxa de juros: foi mantida em 8,5% ao ano;
- Dólar: caiu de R$ 3,25 para R$ 3,23.
A projeção de 3,92% na alta dos preços deixaria a inflação abaixo do centro da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos (ou seja, variando de 3% a 6%).
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.