Em meio à crise política, mercado vê inflação maior e alta menor do PIB
Economistas consultados pelo Banco Central na semana passadas subiram a previsão para a inflação neste ano e reduziram a estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Os analistas também passaram a prever cotação mais alta para o dólar no final do ano.
As estimativas foram feitas em meio à crise política que atinge o governo após vir a público o acordo de delação premiada feito pelos donos da JBS com a Procuradoria-Geral da República. O presidente Michel Temer foi alvo de uma gravação feita por um dos sócios, Joesley Batista.
Apenas a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida, em 8,5% ao ano. Na última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu cortar os juros em 1 ponto percentual, a 11,25% ao ano. O Copom terá nesta semana uma nova reunião para definir a taxa, e analistas apostam em corte de um ponto percentual.
Veja as projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo BC:
- PIB: caiu de 0,5% para 0,49%;
- Inflação: subiu de 3,92% para 3,95%;
- Taxa de juros: foi mantida em 8,5% ao ano;
- Dólar: subiu de R$ 3,23 para R$ 3,25.
Mesmo com a alta, a projeção de 3,95% deixaria a inflação abaixo do centro da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos (ou seja, variando de 3% a 6%).
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
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