Após derrota de reforma em comissão, Temer diz que vencerá no plenário
Após a derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (20) que a proposta enviada pelo governo sairá vitoriosa em votação no plenário da Casa. A comissão rejeitou o parecer, mas a tramitação da reforma continua normalmente (leia detalhes mais abaixo ou aqui).
Em rápida entrevista em Moscou, onde está em viagem oficial, Temer procurou minimizar a derrota sofrida pela base aliada na CAS e afirmou que caberá ao plenário do Senado tomar a decisão final sobre a reforma, um dos principais pontos da agenda legislativa de Temer.
"Não é surpresa negativa não, isso é assim mesmo, tem várias fases, várias etapas, e nas etapas você ganha uma, ganha outra, perde outra, o que importa é o plenário. O Brasil vai ganhar no plenário", disse Temer a jornalistas, garantindo que a medida será aprovada pelo conjunto dos senadores.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido no Senado, também se manifestou após a votação desta terça-feira. "A rejeição da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais demonstra que o Brasil continua dividido. E o trabalhador não pode pagar a conta da crise", disse em vídeo publicado em uma rede social.
Comissão rejeitou relatório
Mais cedo, a CAS rejeitou por 10 votos a 9 o parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que havia sido aprovado anteriormente na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. A CAS aprovou um parecer alternativo do senador Paulo Paim (PT-RS).
A proposta vai agora para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado e a decisão final sobre a reforma caberá ao plenário da Casa.
Mesmo não interrompendo a tramitação da reforma trabalhista no Senado, a oposição comemorou como uma vitória a rejeição do texto nesta terça-feira.
A página do PT no Senado comemorou o resultado na CAS e disse que a rejeição é uma derrota para o governo do presidente Michel Temer (PMDB). "Vitória!!!!!! Oposição derrota governo Temer na votação da reforma trabalhista", diz uma publicação da página.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou o resultado e escreveu no Twitter que "a luta dos trabalhadores e do povo continua". O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que o presidente Temer "perdeu sua base" com o resultado. Na mesma linha publicou a deputada Maria do Rosário (PT-RS). "Derrota de Temer no Senado decreta fim do governo", declarou.
Próximos passos
A previsão é que nesta quarta-feira (21), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator do projeto na CCJ, leia seu parecer, e que a passagem pelas comissões termine no dia 28, com a votação nessa última comissão.
A votação em plenário ainda não tem data definida. É o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), quem coloca a matéria na pauta de votações.
Antes do resultado na CAS, o governo trabalhava para que a votação acontecesse até o final de julho, mas a oposição queria a votação apenas após o recesso parlamentar do meio do ano.
No plenário, o texto precisa de maioria simples para ser aprovado, ou seja, metade dos senadores presentes na sessão, mais um.
Se for aprovada pelo Senado sem mudanças, a reforma segue para sanção do presidente Michel Temer.
(Com Reuters)
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