BC sobe para 0,7% projeção para o PIB e reduz estimativa de inflação a 3,2%
O Banco Central subiu a previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e diminuiu a expectativa de inflação para este ano. O órgão estima crescimento de 0,7% da economia e inflação de 3,2%, de acordo com o relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quinta-feira (21).
Se a previsão se confirmar, a alta dos preços em 2017 vai ficar perto do limite mínimo da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (na prática, variando entre 3% e 6%). Em 2016, a inflação foi de 6,29%.
A projeção anterior, divulgada no relatório de junho, trazia estimativa de 0,5% para o PIB (Produto Interno Bruto) e previsão de 3,8% para a inflação.
Veja as projeções do BC para 2017:
- Inflação: 3,2% (antes era de 3,8%)
- PIB: 0,7% (antes era 0,5%)
O BC também fez estimativas para 2018:
- Inflação: 4,3%
- PIB: 2,2%
Relatório orienta decisões do BC
O Relatório de Inflação é publicado trimestralmente pelo Banco Central. Ele reúne indicadores da economia nacional e global, além de projeções para os próximos meses feitas pelo próprio BC e por analistas de mercado.
O objetivo do documento é identificar a tendência da inflação, para embasar as decisões do BC a respeito dos juros. A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, se reúne para definir a taxa básica de juros (Selic), que serve de referência para outras taxas.
Em geral, juros altos são usados para controlar a inflação, porque deixam o crédito mais caro e levam as pessoas a consumir menos, forçando os preços a caírem. Por outro lado, juros altos dificultam o crescimento, principalmente num momento de crise e desemprego, como o que o Brasil enfrenta.
De modo geral, o relatório desta quinta confirma a mensagem do Copom (Comitê de Política Monetária) no início do mês, quando o BC cortou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 8,25% ao ano, e indicou a intenção de encerrar o ciclo de queda dos juros de maneira gradual.
"Para a próxima reunião, caso o cenário básico do Copom evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária", diz o documento.
Projeções do mercado
As estimativas do Banco Central são melhores que as de especialistas consultados pelo banco.
O último Boletim Focus, uma pesquisa semanal, prevê que o país deve fechar este ano com a economia crescendo 0,6% e inflação de 3,08%.
(Com Reuters)
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