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Profissionais com cursos técnicos têm renda 18% maior, diz pesquisa

Da Agência Brasil

29/09/2017 12h20

Pesquisa encomendada pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) diz que profissionais que fizeram cursos técnicos têm, em média, um acréscimo na renda de 18%. O dado compara pessoas com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio regular. Na Região Nordeste, a diferença na renda é ainda maior, chegando a quase 22%.

O estudo, elaborado com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2014, divulgado em março pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), comparou os rendimentos de trabalhadores que fizeram cursos de educação profissional com aqueles sem esse tipo de formação. Também foram abordados aspectos como gênero, idade, cor, escolaridade, região de moradia, setor de atividade e renda per capita familiar.

De acordo com a pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (29), o acréscimo na renda dos profissionais com curso técnico chega, em média, a 21,4% nas regiões Norte e Centro-Oeste e a 15,1% no Sul e Sudeste.

Segundo a pesquisa, o universo dos trabalhadores que concluíram um curso técnico está dividido quase igualmente entre homens e mulheres, com os profissionais do sexo masculino representando 50,4%. A maioria declarou-se branca (55,9%) e vive em cidades (95,8%), principalmente em regiões metropolitanas (39,8%).

A maioria tem entre 25 e 44 anos (50,3%) e a maior fatia (75%) se situa nas faixas médias de renda (de um a dois salários mínimos, chegando a ganhar R$ 1.874). Essa renda corresponde a 44,48% entre aqueles que nunca frequentaram cursos de educação profissional, segundo o Senai.

Cursos técnicos têm carga horária média de 1.200 horas (cerca de 1 ano e 6 meses) e são destinados a alunos matriculados ou que já concluíram o ensino médio. Têm a finalidade de ensinar uma profissão ao estudante que, ao término, recebe um diploma.

Já entre as pessoas que fizeram cursos de graduação tecnológica, os homens representam 56,5% do total.

A maioria, 64,9%, se autodeclara branca e 97,7% moradora de áreas urbanas, especialmente de regiões metropolitanas. A maior parte tem entre 25 e 34 anos (38,4%) e 50,6% está nas faixas de renda de um a três salários mínimos. Os cursos de graduação tecnológica são de nível superior (como o bacharelado e a licenciatura) e têm duração entre dois e três anos.

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