Lançamento de imóveis cresce em São Paulo após 3 anos de queda
Após três anos de queda seguidos, o número de lançamentos de imóveis residenciais na cidade de São Paulo voltou a mostrar alta em 2017. Foram 28,7 mil novas unidades, aumento de 48% em relação aos lançamentos em 2016 (19,4 mil).
A quantidade de imóveis vendidos também cresceu no ano passado após três anos de resultados negativos. Foram 23,6 mil unidades comercializadas, número 46% superior ao registrado em 2016 (16,2 mil).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (20) pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
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Dos lançamentos de 2017, 67% das unidades tinham dois dormitórios, a maioria (58%) apresentava área útil menor do que 45 m², e metade custava até R$ 240 mil.
De acordo com a pesquisa, 61% dos imóveis vendidos no ano passado tinham dois dormitórios, menos de 45 m² de área útil e preço de até R$ 240 mil.
Imóveis econômicos
Segundo a entidade, 36% dos lançamentos foram de imóveis econômicos, enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida. Em 2016, 23% das unidades lançadas eram desse tipo.
"As características das unidades comercializadas comprovam que 2017 foi o ano dos imóveis econômicos", informou o Secovi.
Queda na região metropolitana
Considerando os resultados dos outros 38 municípios que compõem a região metropolitana de SP, houve queda tanto no número de lançamentos quanto na quantidade de imóveis vendidos, segundo a pesquisa.
Em 2017, foram lançadas nas outras cidades da região metropolitana 7,9 mil unidades, uma queda de 19% em relação ao ano anterior. No total, 7,8 mil unidades foram vendidas (-13%).
Financiamento cai pelo 3º ano
A pesquisa mostrou ainda que o financiamento imobiliário registrou queda pelo terceiro ano consecutivo. O total financiado em 2017 foi de R$ 101 bilhões, uma redução de 12% na comparação com 2016 (R$ 110,6 bilhões).
Perspectivas para 2018
De acordo com o sindicato, a expectativa para este ano na cidade de São Paulo é de crescimento nas vendas de 5% a 10%. Em relação aos lançamentos, a estimativa é que devem ficar próximos aos números de 2017.
"Entretanto, para que o setor possa concretizar essa projeção e gerar mais empregos, é fundamental que a taxa de juros e a inflação continuem em patamares aceitáveis, que a calibragem da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo do município de São Paulo seja concluída e aprovada, que a Reforma da Previdência caminhe no Congresso Nacional e que haja maior controle do deficit público", afirmou a entidade.
O Secovi não divulgou as perspectivas para as demais cidades da região metropolitana.
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