Trump cria taxa para aço e alumínio: que impacto isso pode ter na sua vida?
A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de aumentar os impostos de importação de aço e alumínio pode abalar o comércio mundial e a economia brasileira. Isso porque o Brasil é o segundo maior exportador de aço para empresas norte-americanas.
Que impactos esse imbróglio pode ter na sua vida? O UOL ouviu especialistas para entender como a canetada de Trump pode afetar o dia a dia do brasileiro. Leia abaixo.
Demissões em massa
O primeiro impacto pode ser dentro das empresas siderúrgicas. Com a perda do parceiro comercial importante, as empresas brasileiras devem, inicialmente, estocar a produção e buscar outro destino para o aço produzido. Esse movimento pode durar de seis meses a um ano, segundo Paulo Vicente dos Santos Alves, da Fundação Dom Cabral (FDC).
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Se essa estratégia não funcionar, as siderúrgicas podem apelar para as demissões. As fabricantes de aço empregam diretamente 100 mil pessoas no Brasil.
As empresas, em um primeiro momento, vão fazer de tudo para preservar os empregos, mas vai depender do nível de organização de cada uma. Demitir custa muito caro, mas, se não tiver alternativa, vamos ver dispensas em massa no país.
Paulo Vicente dos Santos Alves, da Fundação Dom Cabral (FDC)
Outro efeito que pode resultar em demissões por aqui é o excesso de aço no mundo. Grande parte da produção que seria destinada aos EUA pode vir para o Brasil, o que geraria um efeito cascata: com o aumento da oferta, o preço do aço baixa, as siderúrgicas nacionais não conseguem concorrer com o aço importado mais barato, a produção nacional de aço cai e, consequentemente, há demissão na indústria brasileira.
Produtos mais caros
Outro efeito pode ser o aumento no preço de produtos que dependem muito de aço e alumínio em sua produção e que o Brasil importa dos EUA.
Produtos como eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, ferramentas, que são importados dos Estados Unidos, devem sim ficar mais caros aqui no Brasil.
Otto Nogame, professor de economia do Insper
Segundo ele, o custo de produção tende a aumentar nos EUA e os fabricantes devem acabar repassando esse aumento para o consumidor de lá e dos outros países também, o que pode "modificar todas as relações comerciais no mundo".
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