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Marcas de cerveja usam falha da TIM e queda do Youtube em ação de marketing

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/10/2018 15h32

Nesta semana, duas falhas tecnológicas inspiraram ações de marketing.

Na segunda-feira (15), clientes da TIM foram despertados uma hora mais cedo por causa de uma mudança automática nos celulares da operadora para o horário de verão, que começa só em 4 de novembro. Entretanto, a data desta segunda-feira coincidiu com o início do horário de verão em 2017. Muitos consumidores reclamaram nas redes sociais por terem perdido uma hora de sono em plena volta de feriado.

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A Brahma, uma das marcas de cerveja da Ambev, usou a falha para promover uma ação de marketing. Quem fosse a um dos seis bares participantes da promoção, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e mostrasse o post da marca, teria direito a chope em dobro durante uma hora.

"A ação brinca com o prejuízo de quem perdeu essa primeira hora do dia. Afinal, após começar o dia antes do esperado, nada melhor do que terminá-lo com uma Brahma em mãos", disse a empresa, em comunicado.

Na noite de terça-feira (16), o YouTube ficou fora do ar durante uma hora e meia. Como o fato é pouco comum, rapidamente a hashtag #youtubedown ("youtube caiu", em inglês) se espalhou pelas redes sociais.

A Skol, outra marca de cerveja da Ambev, também foi rápida: publicou em seu Twitter um post brincando com o fato, com a frase: "Aproveite que o YouTube está fora para tomar uma Skol com os seus amigos".

Esse tipo de iniciativa, na publicidade, leva o nome de "real time marketing" (marketing em tempo real). O objetivo não se resume à venda de produtos. Elas possuem, na maioria dos casos, caráter institucional. Pretendem entrar, de forma orgânica, com pouco (ou sem) investimento, na conversa da população.

"Neste contexto de avalanche de conteúdo, as marcas precisam estar próximas a seus consumidores. Quando a marca se insere em um contexto que interessa ao seu público, o conteúdo em tempo real ajuda a criar uma conexão, inclusive com quem ainda não interage com a marca. Mas é preciso ouvir as pessoas, criar conversas verdadeiras e respeitar a essência da marca", fala Fernanda Fontes, diretora de conteúdo da agência F.biz. 

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