Com vendas de cafeteiras, Tramontina quer criar clube do café no futuro

A Tramontina renovou sua parceria com a Breville para seguir com a venda exclusiva dos eletroportáteis da australiana no Brasil e prevê, neste ano, um crescimento de 25% no faturamento da linha, esperando R$ 20 milhões até o fim de 2024.

O que aconteceu

O portfólio da linha premium Tramontina by Breville, que já existe há dez anos, começou com 30 itens, que foram descontinuados e atualizados até então por estratégia e adaptação ao mercado brasileiro. Atualmente a linha é composta por 16 itens domésticos, entre eles liquidificador, batedeira, torradeira, grill e sorveteira.

São as máquinas de café e moedores do co-branding que impulsionam as vendas, com uma fatia de cerca de 50% do faturamento da parceria. O sucesso das cafeteiras é tanto que a Tramontina vai expandir a marca, trazendo novos modelos de eletroportáteis ligados ao café para o Brasil a partir do ano que vem.

O café é uma das apostas da linha e onde vamos continuar investindo agora, em equipamentos ainda mais sofisticados. São máquinas com potência maior, com poder de aquecimento da água maior, equipamentos touch, que programa as preferências.
Darci Friebel, diretor comercial da Tramontina

Essa estratégia de reforço da marca no universo do café deve alavancar a venda de outros produtos da Tramontina, segundo o diretor. "Nosso grande foco realmente vai ter a ver com café. Porque não são só as cafeteiras elétricas e os moedores que nos interessam. Por trás disso tudo tem uma linha toda de acessórios que estamos querendo comercializar sobre o café. São desde as xícaras das mais diversas, talheres, bules, jarras, filtros", diz.

Darci Friebel diretor comercial Tramontina
Darci Friebel diretor comercial Tramontina Imagem: Divulgação

Parceria com produtores de café. Somado a isso, Friebel revela que a Tramontina estuda abrir um "clube de café", em parceria com produtores do grão, para apresentar a diversidade da bebida aos consumidores — semelhante ao que acontece com clubes de assinatura de vinhos, por exemplo. O projeto deve incluir, também, descontos com produtores parceiros e espaços próprios da Tramontina para servir a bebida e apresentar utensílios domésticos da marca.

Centenária brasileira

A Tramontina começou como uma pequena ferraria na cidade de Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul, em 1911. O filho de imigrantes italianos Valentin Tramontina atendia a região com consertos e fabricação de facas e canivetes.

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Produção de canivetes com cabo de osso. Anos depois, em 1930, o fundador passou a produzir também canivetes artesanais com cabo de osso, o famoso Canivete Santa Bárbara, que se tornou um símbolo da marca e contribuiu para a popularização da empresa em todo o Brasil.

Com a morte de Valentin, quem assumiu a empresa foi a viúva, Elisa de Cecco Tramontina, que impulsionou o negócio com grandes expansões no portfólio.

Expansão de produtos. Nos anos seguintes, as expansões levaram a empresa brasileira a começar a comercializar churrasqueiras, ferramentas, eletrodomésticos e itens para jardinagem. Hoje, a empresa conta com 8 unidades fabris no Brasil e exporta seus produtos para mais de 120 países.

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