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Veja os salários de presidentes de grandes empresas; maior é de R$ 4 mi/mês

Téo Takar

Do UOL, Em São Paulo

31/05/2019 20h13Atualizada em 11/06/2019 16h07

Os salários recebidos em 2018 pelos presidentes das principais companhias brasileiras foram divulgados nesta sexta-feira (31). O maior valor, que inclui os salários mensais e também bônus e outras vantagens, é do diretor-presidente do Itaú Unibanco: R$ 46,880 milhões, o equivalente a quase R$ 4 milhões por mês, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A lista de maiores remunerações recebidas no ano passado traz, na sequência, os diretores-presidentes do Santander (R$ 43,068 milhões), da Bolsa de Valores -- B3 (R$ 37,849 milhões), da Suzano Papel e Celulose (R$ 28,221 milhões), o presidente do Conselho de Administração do Bradesco (R$ 27,684 milhões) e o diretor-presidente da Vale (R$ 22,251 milhões). Após a publicação da reportagem, porém, a Suzano entrou em contato com o UOL para afirmar que o valor correto da remuneração de seu diretor-presidente é de R$ 14,350 milhões. A empresa afirma que notificará a CVM para correção.

Desde o ano passado, as companhias abertas (com ações listadas na Bolsa de Valores) são obrigadas a divulgar as remunerações anuais máxima, média e mínima de seus diretores e dos membros dos conselhos de administração e fiscal. Os nomes dos executivos não aparecem ao lado dos valores informados. Porém, o maior salário dentro de uma empresa normalmente é do diretor-presidente.

Confira os salários totais recebidos em 2018 pelos presidentes das principais empresas brasileiras:

A divulgação dos salários dos diretores já foi alvo de grande polêmica e discussão jurídica entre as empresas e a CVM, órgão do governo responsável por fiscalizar o mercado de capitais brasileiro.

Em junho do ano passado, a CVM conseguiu derrubar uma liminar concedida em 2010 e que permitia a dezenas de empresas omitir os valores de seus executivos. Os salários recebidos pelos executivos em 2017 foram divulgados em primeira mão pelo UOL, logo após a queda da liminar.

A liminar havia sido obtida pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), que alegava que a divulgação dos valores permitiria a identificação dos executivos e representaria uma violação à privacidade e um risco à segurança.

No entanto, diversas entidades do mercado financeiro, inclusive a CVM, defendiam um maior nível de transparência na divulgação das informações das empresas, incluindo os salários de seus principais executivos.

Embora a liminar não esteja mais valendo, algumas empresas continuam não divulgando os salários dos seus executivos, desrespeitando a norma da CVM. O UOL constatou que as siderúrgicas CSN e Gerdau e a companhia aérea Gol não publicaram os números, citando como argumento a liminar do Ibef. Já a empresa de shopping centers Iguatemi não informou os salários apenas da diretoria e não deu nenhuma justificativa no documento para essa decisão.

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