'Prévia' do PIB cai 0,47% em abril; em 12 meses, cresce 0,72%, diz BC
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), registrou queda de 0,47% em abril, na comparação com março, informou o Banco Central. Essa foi a quarta baixa mensal seguida do indicador.
Na comparação com abril do ano passado, o índice também teve queda de 0,62% e, no acumulado de 12 meses, registrou crescimento de 0,72%.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB do Brasil teve recuo de 0,2% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2018, na primeira queda trimestral desde o fim de 2016.
Indústria e comércio estagnados
Também segundo dados do IBGE, a produção industrial brasileira registrou avanço de 0,3% em abril, abaixo do esperado, pressionada pela indústria extrativa e mostrando irregularidade.
As vendas do comércio tiveram o primeiro resultado negativo para abril em quatro anos ao recuarem 0,6%, mas o volume de serviços teve alta pela primeira vez no ano, de 0,3% no mês.
As expectativas de crescimento para o Brasil continuam sofrendo seguidos cortes, e a mais recente pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de economistas mostrou que a estimativa para o PIB neste ano agora é de 1%.
PIB oficial
Em 2018, a economia brasileira registrou crescimento de 1,1%, no segundo ano seguido de alta. Em valores atuais, o PIB totalizou R$ 6,8 trilhões. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em fevereiro. O resultado ficou abaixo do 1,3% esperado pelo mercado.
Segundo analistas, o resultado morno aponta dificuldade de recuperação da economia.
IBC-Br
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
(Com Reuters)
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