BC: Juro do cheque especial é de 318,7%; rotativo do cartão vai a 300,3%
Os juros do cheque especial caíram de 322,2% em junho para 318,7% ao ano em julho. Na comparação com julho do ano passado, quando a taxa era de 303,2%, houve alta. Já o juro médio do rotativo do cartão de crédito avançou de 300,1% em junho para 300,3% ao ano em julho. No mesmo mês em 2018, a taxa média era de 272,6% ao ano.
Com isso, os juros nos dois tipos de crédito seguem em patamar elevado. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do país (Selic) está em seu menor patamar histórico, a 6% ao ano.
Os dados foram divulgados hoje pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
Confira a variação das modalidades de crédito de junho para julho:
- Rotativo do cartão de crédito: subiu de 300,1% para 300,3% ao ano
- Cartão de crédito parcelado: caiu de 175,6% para 175,2% ao ano
- Cheque especial: caiu de 322,2% para 318,7% ao ano
- Crédito pessoal não-consignado: caiu de 120,3% para 119,5% ao ano
- Crédito pessoal consignado: caiu de 22,8% para 22,5% ao ano
- Compra de veículos: caiu de 20,8% para 20,3% ao ano
- Financiamento imobiliário: subiu de 7,7% para 7,8% ao ano
Cheque especial
Desde julho do ano passado, quem usar mais de 15% do limite do cheque especial por 30 dias seguidos deve ter acesso a uma linha de crédito mais barata para parcelar o valor.
A medida foi anunciada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) em abril de 2018. A entidade diz que cada banco pode definir qual alternativa oferecer.
Novas regras do cartão
Em relação ao uso do cartão, o consumidor pode usar o rotativo por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual o cliente define o número de prestações na hora da contratação. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim, altos.
Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa "bola de neve".
Veja as variações dos juros do rotativo do cartão
Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 283,7% ao ano
- alta na comparação com junho (277,2%)
- alta em relação a julho de 2018 (252,1%)
Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 311,9% ao ano
- queda na comparação com junho (316,4%)
- alta em relação a julho de 2018 (287%)
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