Cobrar mala não garante passagem barata, diz low cost que estreia no Brasil
Resumo da notícia
- Companhia aérea ultra low cost argentina Flybondi estreia no Brasil no dia 11 de outubro
- Empresa diz que cobrança de bagagem faz parte da estratégia, mas não garante passagem mais barata
- A Flybondi promete voos até 40% mais baratos por conta da redução de custos operacionais
- Aérea terá voos para o Rio de Janeiro e Florianópolis (SC) neste ano e três novas rotas em 2020
A companhia aérea ultra low cost argetina Flybondi, que estreia no Brasil na próxima semana, afirmou que cobrança de bagagem é apenas um dos itens estratégicos de seu modelo de negócio, mas prometer passagens mais baixas só por causa disso é um erro.
De acordo com o diretor comercial da Flybondi, Mauricio Sana Saldaña, o item fundamental que impacta no preço da passagem é a gestão da empresa e, principalmente, a oferta e procura por determinado voo.
"Não importa o preço do petróleo, não importa o leasing dos aviões, não importa nada. O que as companhias veem é se há demanda ou se não há demanda. Muita demanda, tarifa alta. Pouca demanda, tarifa baixa", declarou.
Passagens até 40% mais baratas
Saldaña afirmou que a estratégia da Flybondi é oferecer passagens até 40% mais baratas que a concorrência. Segundo ele, a gestão da empresa adota um modelo ultra low cost, que alia redução máxima de custo, melhor aproveitamento dos aviões e aumento de outras receitas, que inclui até publicidade dentro dos aviões. "Nosso diferencial é a eficiência administrativa. Nossos custos são 60% a 65% de outras companhias aéreas", disse.
Pela visão do passageiro, no entanto, Saldaña disse que a Flybondi oferece o serviço padrão de uma low cost. Além de cobrar pela bagagem e pela marcação de assento, também não há serviço de bordo gratuito. A empresa vende comidas e bebidas durante o voo e aposta em produtos diferenciados. Eles vendem produtos de pequenas empresas regionais. "Temos pacotes de mandioca frita, o que não é comum na Argentina", afirmou.
Aeroporto menor em Buenos Aires
Para melhorar a eficiência, a Flybondi também optou por operar em um aeroporto secundário de Buenos Aires (Argentina). Os voos decolam e pousam no aeroporto de El Palomar, uma antiga base aérea militar da capital argentina. "Por dia, são apenas oito aviões [cinco da Flybondi e três da Jetsmart]. Isso dá mais eficiência e permite que os aviões voem mais horas por dia", disse. Isso acontece porque não há congestionamento aéreo.
Desde a semana passada, no entanto, a Justiça argentina impôs uma restrição de horário às operações. O aeroporto, que tinha voos das 6h às 23h, agora só pode ter voos das 7h às 22h. Com isso, a Flybondi teve de alterar o horário de diversos voos, incluindo os de Buenos Aires para o Rio de Janeiro.
Mudanças em horários dos voos
Os voos passarão a decolar cerca de 2h30 mais tarde do que o previsto originalmente. Com os novos horários, o voo parte de Buenos Aires às 8h30 e chega ao Rio de Janeiro às 11h35. No retorno, decola do aeroporto do Galeão às 12h20 e chega ao El Palomar às 15h45.
Essa restrição, o atraso nas obras de ampliação do aeroporto e a crise econômica argentina seguraram os planos de crescimento da companhia aérea. Atualmente com cinco aviões, a estratégia original era que a Flybondi já estivesse operando neste momento com o dobro de aeronaves. "A desvalorização do peso, a crise e a falta de infraestrutura retardaram os planos de crescimento", disse.
Apesar disso, a Flybondi promete aumentar sua presença no Brasil no próximo ano. O voo entre Buenos Aires e Rio de Janeiro estreia no próximo dia 11 com três frequências semanais (sexta, domingo e quarta). A partir de dezembro, haverá um voo semanal para Florianópolis (SC) durante a alta temporada.
"Para 2020, queremos três rotas novas para o Brasil, que ainda estamos estudando quais serão. O mercado de São Paulo é uma possibilidade", afirmou o diretor da Flybondi.
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