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Governo lançará 3 programas para qualificar trabalhadores, diz secretário

Fabiana Beltramini/Folhapress
Imagem: Fabiana Beltramini/Folhapress

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

09/10/2019 11h40

O secretário de Políticas Públicas para o Emprego do Ministério da Economia, Fernando Holanda, afirmou hoje que o governo trabalha para oferecer três novos programas de qualificação de mão de obra. Esse projeto passa pela reformulação de dois serviços prestados pelo Sistema S e pelo lançamento de um serviço de formação profissional inédito no país.

No primeiro deles, que tem o nome de "voucher", o Sistema S oferecerá um pacote de horas-aula para cada empresa e escolherão os trabalhadores que poderão utilizar o serviço de capacitação. Além disso, eles também poderão indicar pessoas que passaram por processos seletivos, mas que ainda não são empregados da empresa.

"Empresas vão se cadastrar, solicitar as vagas e, se houver excesso de demanda, haverá sorteio. Todo nosso objetivo é alinhar oferta com demanda. Criar um elo entre o que está sendo criado e o demandado. Não teve problema de falta de recursos no passado, mas de desenho. Faltava o link com a empregabilidade", disse.

Demanda por vagas

O outro programa está sendo chamado de Super Tec. As empresas cadastradas demandarão um perfil de mão de obra. A partir da demanda, o Sistema S oferecerá cursos e após o treinamento das turmas indicará para as empresas os trabalhadores que foram formados. Nesse caso, as empresas não indicaram os alunos, mas selecionarão os empregados a partir do curso de qualificação.

O último programa, conhecido como Contrato de Impacto Social, está em fase de testes e um piloto será realizado. O governo selecionará, por meio de um edital, empresas para qualificar trabalhadores. Na fase de testes, dois mil trabalhadores serão selecionados aleatoriamente e 800 terão direito a um programa de qualificação.

As empresas de qualificação só serão remuneradas pelo serviço prestado se a taxa de empregabilidade dos 800 trabalhadores capacitados for maior do que a dos 1,2 mil que não receberam nenhum treinamento. Além disso, quem conseguir uma vaga no mercado formal terá de permanecer empregado por mais de três meses.

Projeto piloto em 2020

Segundo Holanda, serão gastos R$ 3,2 milhões com o novo programa de qualificação. Ele afirmou que essa iniciativa é inédita no país. Os estados de São Paulo e Ceará tentaram criar iniciativas semelhantes, que não saíram do papel, afirmou o secretário.

"A nossa ideia não é dar treinamento que vira certificado. Não quero anunciar que dei 8 milhões de certificados. Quero anunciar que partir da capacitação criamos um milhão de empregos", disse. A ideia é que o programa comece a partir do próximo ano.