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Caixa teve receita de R$ 5 bi em 2018 com taxa do FGTS criticada por Maia

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

18/10/2019 13h43

Resumo da notícia

  • Caixa teve receita bruta de R$ 5,1 bilhões em 2018 com taxa de administração do FGTS
  • Banco tem o monopólio da gestão e cobra taxa correspondente a 1% ao ano do total do fundo
  • Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que R$ 7 bilhões são "roubados" do trabalhador com tal cobrança
  • Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que banco está aberto a discutir redução da taxa
  • Presidente Jair Bolsonaro disse que se Congresso derrubar monopólio do FGTS pela Caixa, ele vetará mudança

A Caixa Econômica Federal teve receita bruta de R$ 5,1 bilhões com a taxa de administração do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em 2018, segundo dados do próprio banco. A instituição tem o monopólio da gestão do FGTS e, para prestar este serviço, cobra uma taxa correspondente a 1% ao ano do total do fundo.

No início desta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a taxa cobrada pelo banco para administrar o fundo, afirmando que ela "rouba" R$ 7 bilhões do trabalhador.

O UOL entrou em contato, mas o banco não quis comentar as declarações de Maia, e disse que o valor é recebido pela Caixa para "prestação de 780 serviços no papel de agente operador do FGTS para gestão do ativo e do passivo (contas dos trabalhadores) do Fundo".

Maia sugere baixar taxa ou abrir concorrência

Em entrevista ao programa "Poder em Foco", do SBT, Maia defendeu a redução da taxa ou que o governo abra espaço para que outras instituições financeiras possam administrar o FGTS.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que se o Congresso decidir quebrar o monopólio da Caixa na administração do FGTS, ele irá vetar a mudança.

Na quarta-feira, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, reafirmou que o banco está aberto para a discussão sobre a redução da taxa de administração. "A Caixa está estudando potenciais reduções na taxa de gestão do FGTS. Há tranquilidade para reduzir a taxa de gestão do FGTS, mas isso depende do aval do meu chefe, que é o ministro da Economia, Paulo Guedes", disse.

Guimarães evitou comentar a declaração de Rodrigo Maia e preferiu não opinar sobre a possibilidade de os trabalhadores usarem os recursos do FGTS para investirem em fundos ou no mercado de capitais.

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