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Caixa cobra R$ 22 se cliente mandar FGTS a outro banco; deputado quer mudar

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

17/10/2019 11h58

Resumo da notícia

  • Trabalhador que tem direito ao saque de até R$ 500 do FGTS pode pedir a transferência do dinheiro para conta em outro banco
  • A Caixa cobra R$ 22 pela transferência
  • Relator da MP que liberou o saque, entretanto, estuda pedir isenção dessa taxa
  • Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, defendeu o pagamento alegando que o programa custará R$ 1 bilhão ao banco
  • Guimarães não esclareceu se os clientes que optarem pela transferência de recursos antes da aprovação da MP serão reembolsados

O trabalhador que tem direito ao saque de até R$ 500 de cada conta do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) poderá ir a uma agência da Caixa Econômica Federal e pedir para transferir o dinheiro para sua conta em outro banco, mas a Caixa cobra R$ 22 por essa transferência.

A cobrança vem sendo questionada pelo Congresso. A MP (Medida Provisória) que liberou o saque do FGTS está em análise em comissão mista no Congresso. O relator da medida, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), estuda isentar os clientes dessa taxa.

Ontem, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, defendeu o pagamento da tarifa pela transferência. Segundo ele, o programa Saque Imediato custará R$ 1 bilhão à Caixa, com serviços de transporte de recursos para agências e casas lotéricas, seguranças, horas extras para trabalhadores e remuneração de lotéricas.

Guimarães não esclareceu se os clientes que optarem pela transferência de recursos antes da aprovação do texto serão reembolsados. Apesar disso, disse que a expectativa é de que os trabalhadores façam a opção pelo saque em dinheiro, durante o período do Saque Imediato, até 31 de março de 2020.

A tendência, declarou Guimarães, é que, a partir do Saque Aniversário, que dará ao trabalhador a oportunidade de ter acesso a valores superiores a R$ 1.000, os pedidos para transferências para outros bancos sejam mais comuns.

O que é o FGTS, como funciona e quem pode sacar?

UOL Notícias