Polícia prende dois donos da Telexfree por suspeita de ocultar recursos
Resumo da notícia
- Carlos Costa e Carlos Wanzeler tiveram prisão preventiva decretada
- Eles foram detidos durante operação realizada na Grande Vitória (ES)
- Polícia diz que há indícios de que estejam ocultando recursos da Telexfree
- Advogado disse que fatos são antigos e que não entende motivo da prisão
Carlos Costa e Carlos Wanzeler, donos da Telexfree, foram presos na manhã desta terça-feira (17) durante a operação Alnilam da Polícia Federal. A operação investiga suposta ocultação de valores obtidos com as atividades da empresa. A Telexfree foi considerada pela Justiça como uma pirâmide financeira, com mais de 1 milhão de vítimas.
A prisão, que é preventiva, foi confirmada ao UOL pela PF e pelo Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF-ES), bem como pelo advogado dos dois, Rafael Freitas de Lima. No total, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois de prisão nas casas dos empresários, nos municípios de Vitória e Vila Velha, na Grande Vitória (ES).
Segundo a PF, há indícios de que os dois estejam ocultando recursos da Telexfree por meio da compra de imóveis em nome de terceiros. Esses imóveis, posteriormente, teriam sido alugados, gerando renda para os dois.
Advogado de empresários diz que fatos são antigos
O advogado Rafael Freitas de Lima disse à reportagem que não consegue entender o motivo da prisão. "Esses fatos citados pela PF são antigos e já conhecidos desde a segunda fase da operação Orion. Além disso, os dois sócios não foram sentenciados em nenhum dos processos que respondem na Justiça".
A segunda fase da operação Orion foi deflagrada pela PF em outubro de 2014 com objetivo de aprofundar as investigações sobre a Telexfree. Na ocasião, cerca de 20 policiais e 12 servidores da Receita Federal cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na sede da empresa, em Vitória, e na casa dos membros. Além disso, foram autorizados sequestros e bloqueios de bens.
Entenda o caso
A Telexfree começou a atuar no Brasil em 2012 vendendo pacotes de telefonia via internet (VoIP). Em 2015, a Justiça do Acre apontou a empresa como uma pirâmide financeira. Neste ano, a Justiça do Espírito Santo decretou a falência do negócio. A dívida é de R$ 2 bilhões e o número de vítimas passa de 1 milhão.
A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular (Lei 1.521/51). Com promessas de retorno expressivo em pouco tempo, os esquemas de pirâmide financeira são considerados ilegais porque só são vantajosos enquanto atraem novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.