Como a Havan atua nas redes sociais para agradar 12 milhões de "fãs"
Um estudo feito pelo Grupo Isobar Brasil mediu o grau de maturidade digital de 284 empresas no Brasil. A Havan ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Nike e Magazine Luiza. Afinal, como a companhia trabalha seu marketing digital?
A empresa tem hoje mais de 140 lojas e quase 12 milhões de seguidores nas redes sociais, sendo 8,5 milhões no Facebook. Sem agência de publicidade, o marketing é tocado por uma equipe interna com cerca de 60 integrantes, liderada por Jordan Hang —sobrinho do famoso dono da marca, Luciano Hang.
Acreditamos que nossas publicações precisam criar valor para os consumidores. Mesclamos ofertas dos nossos mais de 100 mil produtos com posts de oportunidade. Além disso, acredito que nossas interações são as grandes responsáveis por esta maturidade.
Jordan Hang, gerente de Marketing da Havan
Marketing feito dentro de casa
A Havan não tem uma agência de publicidade externa. Concentra todo o seu trabalho de marketing num departamento interno, conhecido no mercado como "in-house" ou "house agency". Sediada em Brusque (SC), onde fica a matriz da empresa, a área tem cerca de 60 profissionais.
Além disso, atua diretamente com o "SAC 2.0", responsável por responder às demandas dos consumidores no site e redes sociais.
Temos 15 pessoas que trabalham apenas com atendimento aos clientes na internet. São profissionais altamente treinados, com total liberdade para responder pela empresa e resolver rapidamente os problemas.
Jordan Hang, gerente de Marketing da Havan
Boicote à Globo
No começo de novembro, a Havan se envolveu em uma polêmica após comunicar que não anunciaria mais em certos intervalos da rede Globo por, segundo a empresa, não compactuar "com o jornalismo ideológico e algumas programações" da emissora.
Segundo Jordan, a grande maioria dos comerciais na emissora são veiculados apenas nas cidades onde as lojas estão localizadas —com foco, por exemplo, em inaugurações recentes, como a que aconteceu na semana passada, em Chapecó (SC).
Ligação direta com Bolsonaro
A Havan possui uma ligação direta com o governo Bolsonaro, principalmente na figura de seu presidente, Luciano Hang. Luciano ficou bastante conhecido por ser um dos maiores apoiadores do presidente, desde a campanha eleitoral. Hoje, aparece frequentemente ao lado de Bolsonaro em eventos, sempre caracterizado com roupas nas cores da bandeira brasileira.
O dono da empresa também é bastante ativo nas redes sociais e costuma postar vídeos defendendo medidas governistas, como a flexibilização da posse de armas e das leis de proteção ambiental e críticas à esquerda e ao PT.
O sobrinho, Jordan, tem comportamento semelhante em seu perfil no Facebook. Por exemplo, postou uma foto ao lado de Bolsonaro no hospital com a frase "PT não".
Empresa 'a favor do Brasil'
Para Jordan, o posicionamento político e as polêmicas não afetam os negócios da empresa.
Esta é uma posição do dono da empresa --e não da companhia. Temos mais de 10 mil colaboradores, em 17 estados. Trabalhamos com todos os tipos de clientes. A Havan é uma empresa a favor do Brasil.
Jordan Hang, gerente de Marketing da Havan
As vendas da Havan somaram R$ 7,2 bilhões em 2018 e a expectativa é atingir R$ 12 bilhões neste ano.
Problemas com a estátua da Liberdade?
Um dos maiores símbolos da Havan é a estátua da Liberdade. Quase todas as lojas de rua da rede têm réplicas da estátua, que medem cerca de 35 metros de altura. A primeira foi inaugurada em 1995, na filial de Brusque. O símbolo, segundo Luciano, "representa o liberalismo econômico e a liberdade do cidadão".
Apesar de usarem a imagem em suas campanhas de marketing, a empresa nunca teve problemas com direitos de imagem. "Nunca fomos questionados pela utilização, tanto em publicações na rede como nas lojas", disse Jordan.
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